Quanto amor!

Rabo preso: os elogios do PSOL a Alckmin meses antes das eleições

"Ponho minha mão no fogo", disse dirigente psolista em relação a Alckmin

boulos

Nas últimas semanas, a imprensa golpista tem feito uma intensa campanha para enfiar o eternamente tucano Geraldo Alckmin (hoje sem partido) na candidatura de Lula. Tudo começou com um boato da articulista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que disse que o PT e Alckmin estariam discutindo a possibilidade deste ser vice de Lula nas eleições de 2022. Setores da direita do PT adoraram a ideia e iniciaram um movimento de aproximação com o ex-governador do PSDB. A campanha da imprensa foi crescendo até o ponto em que foi realizado um jantar do ex-presidente Lula e do vigarista Geraldo Alckmin. O evento se deu em um verdadeiro covil de bestas ferozes da política nacional, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

A oposição a Alckmin ainda é tímida, mas já é patente nas bases petistas. Afinal, Alckmin reprimiu as manifestações de 2013, a ocupação do Pinheirinho, defendeu o golpe de 2016, atacou Lula quando estava preso e tratou os professores como lixo. E não se pode esquecer, é claro, que ele foi uma peça importante da ditadura do PSDB no governo de São Paulo, que é um câncer para todos os paulistanos. Há, no entanto, uma falsa oposição a Alckmin no setor mais oportunista e pilantra da esquerda nacional, que são os deputados e dirigentes do PSOL e congêneres.

Juliano Medeiros, Guilherme Boulos e outras figuras públicas do PSOL, que estão há muito tempo procurando uma justificativa para não apoiar Lula, encontraram em Alckmin a desculpa perfeita. Assim, agora têm um pretexto supostamente esquerdista — Alckmin é um golpista inimigo do povo — para fazer exatamente aquilo que a Rede Globo e a Folha de S.Paulo, os senhores do PSOL, tanto querem: impedir a unidade da esquerda por Lula Presidente. No entanto, essa oposição é conversa para boi dormir. Na verdade, não só o PSOL toleraria Alckmin como, na verdade, tem uma tara pelo ex-governador de S.Paulo.

Em 2014, pouco antes das eleições presidenciais, o cacique Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PSOL, afirmou que era capaz de “pôr a mão no fogo” por Alckmin, tamanha a sua confiança no tucano. Plínio Sampaio disse ainda que Alckmin era “um homem correto”. E os elogios não pararam em Alckmin: o psolista fez questão de puxar até o saco de José Serra: “objetivamente, ele é um governante melhor do que a Dilma e os demais”. No que talvez tenha sido a declaração mais escandalosa de sua vida, Plínio Sampaio ainda disse que Serra era “uma simpatia”!!!!!!!!

Outro psolista que fez questão de demonstrar o seu afeto — e não só com palavras — pelo PSDB foi Chico Alencar, então deputado pelo Rio de Janeiro. Em uma festa de um funcionário da Rede Globo, Chico Alencar beijou a mão (!) de Aécio Neves, um dos principais líderes da ofensiva golpista entre 2014 e 2015. Quando questionado, o psolista alegou que Aécio Neves não seria “corrupto” como os investigados na Lava Jato…

PSOL e PSDB, portanto, sempre andaram juntos. Não como irmãos, mas como senhor e escravo, sempre um a reboque do outro. O PSDB é o partido que o PSOL quer ser quando crescer: antipetista, voltado para a classe média e com o apoio total do imperialismo.

As supostas críticas do PSOL a Alckmin, portanto, não são contra o PSDB. São, na verdade, contra Lula. Sempre que foi convocado, o PSOL nunca hesitou em dar uma força para os tucanos. Já apoiar Lula, nem mesmo quando o ex-presidente foi trancafiado numa masmorra…

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