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Direita golpista

Quem tem medo da polarização?

É preciso lançar a candidatura de Lula e polarizar a situação à esquerda, para colocar fim ao regime político golpista

Com a devolução dos direitos políticos do ex-presidente Lula e a possibilidade real de sua candidatura à presidência, a burguesia volta à carga com seus ataques não apenas contra ele mas também contra a chamada polarização política.

Setores da esquerda pequeno-burguesa, que nos últimos tempos têm demonstrado uma incrível capacidade de adaptação aos golpistas, começaram a repetir a ideia de que a polarização é ruim e algo a ser evitado. Os setores que defendem a frente ampla, ou seja, uma aliança da esquerda com a direita golpista, são os que tem levantado com maior clareza o problema da polarização, justamente porque estão comprometidos com a direita tradicional que procura se apresentar como “centro político” embora isso não seja uma realidade, já que é essa direita a principal responsável pelos maiores ataques ao povo.

A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, afirmou que a “polarização – que anima as forças do fascismo e que marcou as eleições de 2018 – deve ser evitada. O centro da luta política no momento não está relacionado com o debate sobre candidaturas – mas, sim, sobre esforços para reduzir os nefastos impactos da pandemia”.

Diferente do que afirma Luciana Santos, a polarização não anima exclusivamente as forças do fascismo. Como o próprio nome já diz, polarização significa que a política se desloca para os dois extremos. Por trás dessa afirmação da presidenta do PCdoB, está a ideia de que a radicalização da esquerda seria ruim porque ela “alimenta” o fascismo. Este, portanto, não seria resultado de uma crise gerada pela própria burguesia. No Brasil, está muito claro que o que alimenta o fascismo até agora foi a direita tradicional que fez uma campanha golpista, colocando na rua uma extrema-direita para servir de base artificial do golpe de Estado.

A esquerda, que até agora em linhas gerais se manteve moderada, não conseguiu evitar esse fenômeno. Isso porque a única maneira de fazer é radicalizar à esquerda, ou seja, é preciso reagir à altura diante das manifestações fascistas.

A polarização, portanto, é algo inevitável. A burguesia se esforça em empurrar a situação para o centro político, mas a não ser que consiga reverter significativamente a crise política e econômica no País, a tendência é que cada vez mais a situação continua indo para os extremos.

Em grande medida, as manobras contra a polarização são superficiais. Mesmo que a burguesia consiga emplacar um nome de sua confiança, sua função será manter e aprofundar os ataques contra o povo que é o objetivo do golpe de Estado que foi dado justamente por essa direita que hoje fala cinicamente contra a polarização.

Nesse sentido, a esquerda precisa polarizar e não evitar a polarização como diz Luciana Santos. A esquerda precisa levantar um conjunto de palavras de ordem que de fato defendam os interesses dos trabalhadores e de todo o povo. Uma política que coloque em xeque a política golpista e o regime político golpista.

A burguesia fala contra a polarização porque tem medo que isso possa levar à desestabilização do regime. A esquerda precisa partir para derrubar esse regime golpista. A esquerda não tem que ter medo da polarização, quem tem medo da polarização é a direita golpista que quer manter esse regime podre.

A candidatura de Lula, nesse sentido, é um fator de polarização por si só. Não pela política de Lula, mas pelo que ele representa para amplos setores dos trabalhadores. A direita não quer Lula e não quer a polarização. Lançar a candidatura de Lula é urgente para garantir seus direitos políticos e servir como um instrumento de mobilização dos trabalhadores contra o golpe.

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