O Bolsa Família já foi considerado o maior projeto de proteção social e desenvolvimento humanitário do mundo, melhorou o poder aquisitivo de famílias em condições vulneráveis pelo país. O programa chegou atender 13,9 milhões de famílias, onerando apenas 0,47% do PIB, tirando 36 milhões de compatriotas da extrema pobreza. Era, indubitavelmente, um projeto de desenvolvimento nacional.
Com o golpe de 2016 e a entrada do Brasil no famélico e tenebroso projeto “ponte para o futuro”, o Bolsa Família passou por um processo de extermínio, reforçando a narrativa de ataque ao projeto e aos beneficiários. Com o governo Bolsonaro, o projeto sofre uma onda de ataques de membros do governo e de prosélitos do bolsonarismo, ataques de preconceito contra as famílias de baixa renda do país.
Com os golpistas no poder, o benefício sofreu uma baixa de mais de 1 milhão de pessoas, com a explicação de que havia fraude em alguns casos. Essa atitude levou muitas famílias para a pobreza, deixando o Brasil de volta para o mapa da fome, antes da pandemia. Durante a pandemia a situação piora no país, sem assistência social o povo correu para fila do osso. Vivemos um total saudosismo: em uma época que a preocupação do governo era do Brasil entrar para a estatística da obesidade. Entre a ponte para o futuro e o saudosismo lulista, prefiro o saudosismo.
O Bolsa Família não tem aumento desde junho de 2016, quando a Presidente Dilma concedeu o último aumento. O décimo terceiro prometido pelo governo Bolsonaro foi um engodo pago no final de 2019, nas costas de quase 1 milhão de famílias vulneráveis, que ficaram na fila, enquanto os golpistas faziam arrecadação. Uma demagogia que foi paga como abono e somente uma vez.
O que antes era taxado de ser um programa eleitoreiro, era na verdade um projeto de desenvolvimento nacional, com crescimento econômico e reformulação do papel do Estado no tecido político do país. Hoje, o que podemos analisar é um país com a economia em frangalhos, inútil e destroçada pelas garras do neoliberalismo. Eles tentam reverter o caos com o restabelecimento das políticas transferência condicionada dos governos petista, mas com o intuito de não desenvolver um projeto de nação, e sim um projeto eleitoreiro. O Bolsa Família virou um projeto imediatista e não participa mais de um projeto nacional.
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