Coordenadora do Centro Cultural de Santo Amaro, Andréa Sousa será a nova secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Cultura de SP. Sendo mulher e negra, expõe escancaradamente a política de apostar muito no uso do identitarismo para conquistar eleitores visando as eleições de 2022. Embora tenha sido nomeada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), a escolha faz parte da política levada por João Doria (PSDB) no Estado.
Na medida em que investe pesado nesta política, Doria lança o maior programa de segurança pública LGBT. No entanto, já em 2017, a gestão Doria cortou recursos do programa Transcidadania destinados ao atendimento das pessoas trans, fato denunciado por ativistas na ocasião. Em 2019, Doria mandou recolher apostilas com uma página com conteúdo sobre diversidade sexual o que deixa claro a mudança de postura e de política frente ao assunto com interesse eleitoreiro.
Doria busca o poder e a defesa dos seus interesses. Está usando o identitarismo para se eleger, está usando a máquina pública para criar uma imagem que não existe e não pode-se ignorar que Doria sempre defendeu os brancos.
E o que dizer do projeto de João Doria, Cidade Linda ?”Na manhã dessa sexta-feira, 6, os moradores do viaduto da Praça 14 Bis, na avenida 9 de Julho, em São Paulo, acordaram com agentes da subprefeitura da Sé colocando em prática o plano higienista de Doria, como noticiado pela manhã. Mas, para além da pobreza sendo varrida do centro e empurrada para as margens da cidade, precisamos falar de quem pega nas vassouras. O guarda? É negro. A assistente social? É negra. O operador das máquinas? Negro também. E quem recolhe as madeiras? Negro. Quem são expulsos dos barracos? Negros. O único branco na história é quem fez o projeto: João Doria.”
Da mesma forma, Doria defende a polícia que mata negros, onde SP registra 25% de mortes a mais entre negros, além do abandono social dos grupos inseridos nos “identitarismo”.
O fato é que todos os grupos inseridos no termo identitarismo estão à margem das políticas sociais, são vítimas de doenças, de violências, são vítimas do abandono do governador de São Paulo, João Doria.
Não é o identitarismo uma política de universalidade. Ao contrário, é restritiva e fantasiosa e, neste momento, está servindo para que verdadeiros golpistas profissionais, como Doria, se promovam eleitoralmente.