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Fuzil no ombro do trabalhador

Por que o PCO defende o armamento

A burguesia está armada, através do Estado, para oprimir o povo. Este tem o direito de se defender dessa opressão

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A polícia e os jagunços dos latifundiários estão tocando o terror contra os camponeses pobres da LCP em Rondônia. 

É um extermínio programado, uma covardia imensa.

Tropas da PM e de outras forças de repressão, pistoleiros, milicianos, paramilitares etc. a mando do governo estadual e de Bolsonaro, que não passam de marionetes dos grandes latifundiários, aterrorizam os sem terra. 

Diante disso, os camponeses têm o direito de se defender. É um banho de sangue o que eles estão sofrendo, e estão indefesos. São famílias, crianças, mulheres, idosos, sendo trucidados. 

No campo, é preciso lutar pelo direito ao armamento, formar comitês de autodefesa e milícias camponesas. 

Nas cidades, principalmente nas favelas, a situação é parecida. Os pobres são massacrados diariamente. 

O Estado, controlado pela burguesia e pela direita, tem o monopólio do uso da força para defender a propriedade privada e esmagar os trabalhadores. 

É um direito democrático, que há séculos já era reivindicado pela burguesia então revolucionária na sua luta contra a monarquia. E foi colocado em prática, por exemplo, no período radical da Revolução Francesa, pelos jacobinos, ou, parcialmente, nos Estados Unidos, após a Revolução Americana.

Apesar de, em tempos atuais, quando a burguesia já não é mais uma classe revolucionária, e sim contrarrevolucionária e decadente, a liberdade do povo de se armar praticamente não exista em lugar algum, há ainda algum resquício, por exemplo, nos EUA.

Os trabalhadores e a população norte-americana, em geral, conseguiram manter, em alguma medida, o seu direito à posse e mesmo ao porte de armas ─ apesar de todas as restrições impostas pela burguesia no comando do Estado.

É claro, como bem diziam os revolucionários liberais da era de ouro da burguesia: o armamento da população é o que garante que o Estado não irá esmagar seu povo. Afinal de contas, o principal alicerce do Estado é o monopólio do uso da força para proteger a propriedade privada da burguesia.

Assim, a burguesia está armada. Ela tem o exército, a polícia e todos os outros órgãos de repressão, públicos ou privados. O povo não tem nada. Está indefeso diante da máquina de guerra dos seus inimigos que controlam o Estado.

Desse modo, não há como existir democracia. Pois democracia seria o poder do povo. Mas esse povo está submetido, na base da força, a um poder maior, ao poder da burguesia que controla o Estado pela força bruta das armas.

A única democracia que pode existir na etapa atual do desenvolvimento humano é a democracia construída a partir do fuzil apoiado no ombro de cada trabalhador. A democracia operária. A verdadeira democracia, onde quem manda é a esmagadora maioria da população, isto é, a classe trabalhadora.

Direito ao armamento amplo, geral e irrestrito, para que o povo possa combater a opressão que lhe é imposta pela burguesia!

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