Nesta quarta-feira(21), na cidade de Goiânia, mais uma cena de violência gratuita e covardia foi praticada pela Polícia Militar, que algemou, imobilizou, arrastou, disferiu vários socos e apertou o pescoço do advogado Orcelio Ferreira Silveiro Júnior, de 32 anos. O advogado havia saído em defesa de um flanelinha acusado pelos policiais de estar extorquindo motoristas numa via pública. Ao tentar intervir em defesa do flanelinha, os policiais o atacaram. Mesmo imobilizado, algemado, recebeu vários socos, numa cena triste de tortura. Tudo isso ocorreu ainda na frente do pai da vítima, um senhor de 62 anos, safenado, impotente diante da barbaridade dos policiais, que acusaram o advogado de invadir o “perímetro de segurança” e que se recusou a sair e se identificar.
A vítima denunciou ainda que fora agredido na triagem e que faria novos exames de corpo e delito. “Estou me sentindo um homem morto, porque um pai que vê um filho ser espancado e não pode fazer nada. Um homem de 62 anos que toma remédio controlado. Eu fiz três pontes de safena há três anos”, disse o senhor Orcelio Silveiro, pai da vítima.
O Comando da Polícia Militar, como de costume, afastou o agressor, informou que abriria processo administrativo para apurar o caso e disse que essas ações isoladas não fazem parte das diretrizes da instituição.
Essa é uma velha desculpa, com atitudes inócuas e demagógicas do Comando para esconder a verdadeira missão dessa instituição: massacrar o povo pobre e todos aqueles que venham interromper, como foi o caso do advogado Orcelio Júnior.