A organização camponesa, a Liga dos Camponeses Pobres, encontra-se em meio a uma investida brutal contra os trabalhadores do campo, desde de outubro desse ano. Os ataques por parte da policia se intensificaram de maneira avassaladora: realizaram a invasão da residência da Advogada Popular, Dr. Lenir Correia, membro da diretoria da ABRAPO de Rondônia, levando todos os seus materiais de trabalho, como notebook e celular, pegando dados pessoais seus e de clientes, sob ameaças e ilegalidades.
Desde de outubro de 2021, houve intenso aumento nas operações em Rondônia contra os camponeses da LCP, por meio do governo do Estado, a Secretaria de Segurança Publica e a Força Nacional, a mando do fascista Bolsonaro que controla o aparato. A lista de violações contra a organização não para de crescer desde dessa época. O assassinato sistemático de militantes e lideranças do movimento, a perseguição contínua, o envenenamento de água, ações realizadas na calada da noite, a destruição de pertences e casas; toda brutalidade dos batalhões de polícia não há de cessar, o atentado a advogada comprova o ponto.
A esquerda deve colocar na ordem do dia a defesa dos camponeses da LCP, com foco principal nos companheiros de Rondônia que estão sendo sufocados sistematicamente pelo braço armado do Estado. É necessário uma intensa mobilização com os sindicatos, partidos, movimentos populares e uma forte campanha de denuncia em toda mídia progressista, puxar a defesa da Liga. É de fundamental importância para toda a classe trabalhadora parar os banhos de sangue que acontece no campo, não se enganem os que acham que podem se salvar da corja de fascistas que comandam a polícia militar, as mesmas práticas se voltaram com enorme força para todos os movimentos e partidos populares e de esquerda, por isso, a necessidade de união.
Ter como palavra de ordem fundamental, o fim da Polícia Militar, cujo único objetivo é derramar sangue dos trabalhadores seja a onde for, na cidade ou no campo, deve ser enfatizado a necessidade de organizar comitês de defesa, o direito pleno de se armar, a fim de combater o vendaval que vêm destruindo os militantes da Liga a mando dos latifundiários. A organização de comitês de autodefesa dos companheiros do campo e a mobilização de todos os setores da classe trabalhadora contra o massacre empreendido contra a Liga dos Camponeses Pobres é a única maneira de evitar o derramamento de sangue.