Quando escrevemos essa coluna, centenas de companheiros estão nas estradas de todo o País ou chegando a São Paulo, para junto com companheiros da Capital, realizarmos a Plenária Nacional Fora Bolsonaro – Lula presidente.
Trata-se de um importante vitoria política, o fato de que uma expressiva parcela do ativismo classista esteja se levantando contra a ofensiva da direita que pressionou no sentido de bloquear as combativas mobilizações que a esquerda realizou nas ruas de todo o Pais, desde maio passado, depois de um longo período de hibernação, por conta do recuo de setores da esquerda que – defendendo a política de frente ampla com a direita golpista – impuseram como orientação à maioria das organizações de luta dos explorados, o “fique em casa” e, por conseguinte, morra sem lutar.
O encontro foi uma iniciativa dos setores que lutam dentro do Movimento Fora Bolsonaro, nos atos e nas organizações populares contra a infiltração da direita e contra a subordinação da esquerda à política da direita golpista de ludibriar o povo, fingindo fazer oposição ao governo do fascista Bolsonaro, quando na realidade apoiam todas as suas iniciativas contra o povo (como no caso das “reformas” aprovadas com apoio do PSDB, PSD, MDB, Solidariedade etc.) e até mesmo suas manobras para fazer campanha eleitoral, como se viu nessa semana com os votos decisivos do PDT, PSB etc. em favor da “PEC dos precatórios”, também chamada de “PEC da reeleição de Bolsonaro”.
Assinaram o Manifesto convocando o encontro além do nosso Partido, o PCO – Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta, que impulsionamos – no Brasil e no exterior – junto com setores da esquerda, o PCPB – Partido Comunista do Povo Brasileiro, diversos dirigentes e parlamentares do PT, Sindicatos, dirigentes sindicais de todas as regiões do País, dirigentes populares, organizações da juventude, do movimento de luta dos negros, das mulheres; enfim, organizações dos explorados do campo e da cidade, que procuram dar voz organizada à rejeição expressa, nas ruas, por milhares de ativistas que não quer a politica de conciliação com a direita, não querem o fim das mobilizações e querem lutar por uma alternativa própria, dos trabalhadores diante da crise.
Isso passa, decisivamente, pelo fortalecimento, junto aos trabalhadores e à juventude, da luta pelo Fora Bolsonaro e por Lula presidente, como devem evidenciar as decisões a serem adotadas no Encontro.
O programa em defesa das reivindicações populares e em defesa dos direitos democráticos do povo a ser debatido e deliberado pelos participantes – e amplamente divulgado posteriormente – também não deixa duvidas do caráter combativo e classista da Plenária que vai discutir e aprovar resoluções no sentido da manutenção da mobilização e da reorganização do movimento, de forma democrática para evitar que os acordos de cúpula, contra a vontade das bases, se imponham e levem à destruição do próprio Movimento Fora Bolsonaro.
Que o encontro seja uma alavanca para impulsionar a luta pelos eixos apontados no Manifesto de convocação : “Fora Bolsonaro” e “Lula Presidente”, pois elas “correspondem à luta pelo fim do governo de todos os golpistas e por um governo dos trabalhadores”.
Que a “plenária vermelha” – como vem sendo reconhecida – seja um passo adiante na luta pela independência de classe, conta a política de derrotas da colaboração com os golpistas e inimigos dos trabalhadores.
Viva a Plenária Nacional Fora Bolsonaro – Lula presidente!