Nos dias 6 e 7 próximos, acontece em São Paulo, a Plenária Nacional Fora Bolsonaro – Lula Presidente, aberta a todos os interessados e que vai contar com a participação de centenas de dirigentes e ativistas da luta contra o golpe de Estado de todo o País e, inclusive, do exterior.
O apoio expressivo à iniciativa tomada pelos Comitês de Luta e pelo PCO de convocar o encontro , se evidencia na adesão de mais de 150 entidades e lideranças (veja lista no final) ao Manifesto que convoca o Encontro, formada principalmente por companheiros do PT, PCPB e da CUT, mas também por setores independentes, de ativistas dos mais diversos movimentos de luta dos explorados, artistas, professores universitários, líderes indígenas, da juventude, etc.
A iniciativa evidencia sua importância em um momento de muita confusão diante da perspectiva política paralisante de setores da esquerda burguesa e pequeno-burguesa, que agem claramente para sabotar a mobilização que levou centenas de milhares de pessoas às ruas entre os meses de maio e o dia 2 de outubro. É notório que a imensa maioria dos ativistas que sustentaram essas mobilizações se opõem clara e decididamente à política de seguir à reboque e capitular diante de golpistas e inimigos do povo trabalhador, que fingem fazer oposição à Bolsonaro, mas – de fato – foram os pais do golpe de Estado e de toda a operação fraudulenta que levou ao governo do capitão fascista, por eles sustentado e cuja reeleição irão apoiar, caso fracasse (como se mostra cada vez mais provável) a operação golpista da “terceira via” de eleger um golpista sem apoio popular e que dê continuidade à política do atual governo de ofensiva contra o povo.
A Plenária visa fortalecer o polo combativo, o bloco vermelho, que se opõe à política de frente ampla com a direita golpista, uma política de derrotas e retrocessos para todo o povo trabalhador, para as organizações de luta dos explorados, se opondo à destruição da mobilização da esquerda por parte dos infiltrados da direita no movimento, com apoio de setores da esquerda conciliadora.
Vai debater e apontar propostas de reorganização do movimento, se opondo à falta de democracia na qual as bases, os setores que mobilizam os trabalhadores não têm voz nem vez, sendo submetidos a “acordos” com golpistas, como Doria, PSDB, DEM e etc., representantes da burguesia genocida, como herdeiros do Banco Itaú e até fascistas como o MBL, que querem controlar e acabar, de fato, com a mobilização, fazendo dela um trampolim eleitoral para candidatos de confiança da burguesia, sem apoio popular.
Como aponta o Manifesto que convoca o encontro, já assinado por mais de 150 dirigentes e ativistas, o eixo político da Plenária “tem duas reivindicações fundamentais: ‘Fora Bolsonaro’ e ‘Lula Presidente’. Elas correspondem à luta pelo fim do governo de todos os golpistas e por um governo dos trabalhadores”.
Isso com a clara compreensão de que, a menos de um ano das eleições, não há mais espaço para vacilações e capitulação diante das alternativas da direita. O movimento de luta dos trabalhadores e da juventude precisa de uma perspectiva própria, independente da burguesia golpista e de todas as instituições do regime golpista.
Daí o claro reconhecimento da realidade na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior liderança popular do País e único candidato da esquerda que pode derrotar tanto Bolsonaro quanto a “terceira via” neoliberal.
Como se deu, em 2018, com a Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe, em julho daquele ano, que reafirmou a orientação política “É Lula ou Nada!” e impulsionou o ato de inscrição da candidatura presidencial de Lula, com 50 mil pessoas em Brasília, a Plenária terá como objetivo alavancar um movimento de luta para levar adiante essa candidatura.
Nesse sentido, deve fazer um chamado urgente para que todos os partidos e organizações de esquerda, do movimento operário e popular defendam incondicionalmente, desde já, a candidatura de Lula.
Reforçamos o chamado à participação de todo o ativismo classista na Plenária, visando também aprovar um programa de lutas para para impulsionar a campanha por Fora Bolsonaro e todos os golpistas, e pelas reivindicações fundamentais dos trabalhadores, da juventude e de todos os explorados diante do aprofundamento da crise, tais como:
* a luta contra as privatizações dos Correios, da Eletrobrás e demais estatais; pela Reestatização da Petrobrás, 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores!
* a defesa da nacionalização do petróleo e toda a riqueza nacional para garantir recursos para Saúde, Educação Moradia e demais necessidades populares;
* a mobilização contra a “reforma” administrativa (PEC 32) e todos os ataques contra os serviços públicos da parte de Bolsonaro e toda a direita;
* a luta pela reforma agrária com expropriação do latifúndio e pela reforma urbana sob o controle das organizações populares;
* A defesa das condições de vida do povo trabalhador, com a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais (trabalhar menos para que todos trabalhem); da reposição integral das perdas salariais e do “gatilho” salarial toda vez que a inflação acumular 5%; do pagamento de auxílio emergencial de um salário mínimo, para todos que necessitem;
* A luta pelas reivindicações da juventude como e de todo o povo explorado, como o fim do vestibular, mais verbas para a Educação e ensino público, e gratuito, para todos em todos os níveis;
* Fim da ditadura dos bancos e da autonomia do Banco Central: estatização dos sistema financeiro sob o controle das organizações dos trabalhadores;
* Lula presidente, por um governo dos trabalhadores, sem patrões e sem golpistas.
