Atualmente, a empresa vencedora da licitação para fornecimento de mão de obra em 22 plataformas da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, está pressionado as carreiras de Oficiais, Mestres de Capotagem e Marinheiros, para que aceitem reduções de garantias que haviam com a antiga empresa terceirizada, a Lighthouse. Entre as perdas, a empresa Infotec quer que os 115 trabalhadores destas plataformas aceitem a redução de seus salários e a exclusão de dependentes dos planos médicos e odontológicos atualmente vigentes nos contratos de trabalho.
A terceirização é uma das grandes ferramentas de aumento da exploração dos trabalhadores, pois desvincula formalmente as forças produtivas de seus próprios locais de trabalho, deixando-as a mercê, muitas das vezes, de escritórios e patrões inacessíveis. Sem contar que estas empresas – intermediárias – servem apenas para esse tipo de “mutretagem” com os trabalhadores.
Diante da crise capitalista, a burguesia em crise, precisa piorar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores. O neoliberalismo, a ideologia do imperialismo, requer que países atrasados, como o Brasil, estejam sempre com um mínimo de capacidade industrial produtiva. Não é por acaso que o imperialismo, através de sua influência na política do País, promoveu um enxugamento da Petrobras, que já teve mais de meio milhão de trabalhadores – e hoje tem apenas cerca de 40 mil – terceirizando a maior parte do serviço da empresa.
Após o golpe de 2016 esses ataques se intensificaram de maneira mais aguda, atingindo mesmo os próprios trabalhadores que se mantiveram funcionários formais da Petrobras e vem sofrendo pressões internas e relativas às suas carreiras, por parte de investidores e gerentes da empresa.
Salários baixos e poucas garantias são sinônimos da terceirização. Não é novidade para ninguém. Por isso, é preciso que os trabalhadores reivindiquem o fim dessa ferramenta patronal, que tem como único objetivo aumentar os lucros dos capitalistas sobre o aumento da exploração dos trabalhadores.
Hoje a Petrobras está “infestada” de parasitas, chamados pela imprensa golpista de “investidores”, mas que só servem para sugar a empresa e atrapalhar o desenvolvimento nacional. Esses acionistas privados da Petrobras, são os principais interessados no “corte de custos” de mão de obra, expressos na terceirização.
No entanto, os terceirizados do setor do petróleo, conhecidos como marítimos, trabalham na verdade para a Petrobras. São, portanto, todos petroleiros, que deveriam ser funcionários da estatal brasileira. Para isso, é preciso uma ampla campanha pela estatização da Petrobras, é necessário que a empresa seja gerida por um conselho composto pelos próprios trabalhadores e pela população.