No último dia 22 de março, a direção golpista da Petrobras divulgou ao mercado, dando continuidade ao comunicado divulgado em 17 de novembro de 2020, o início da fase vinculante referente à venda da totalidade de suas participações nas concessões de Albacora e Albacora Leste, localizadas predominantemente em águas profundas na Bacia de Campos.
Com a medida a Petrobras irá entregar, a preço de banana, para os capitalistas estrangeiros, um gigantesco patrimônio onde no polo de Albacora a produção no ano passado foi em média de 23,2 mil barris de óleo por dia e 408,5 mil m 3/dia de gás e, no campo de Albacora Leste 30,0 mil barris de óleo por dia e 598,0 mil m 3/dia de gás.
O caminho para a privatização da Petrobras está sendo dados a passos largos. Recentemente, os golpistas à frente da empresa, na calada da noite, aprovaram a privatização da primeira refinaria do Brasil, fundada em 1950, a Landulpho Alves (RLAM), que ocupa um lugar de destaque no parque nacional de refino, respondendo por 13% da capacidade de produção de derivados de petróleo do país.
A Petrobras, conforme as demais empresas estatais são alvos deste governo, fruto de um golpe de Estado, financiado pelos grandes capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais e pelos países imperialistas, que tem como objetivo principal expropriar todos os trabalhadores e a população, para salvar meia dúzia de capitalistas da gigantesca crise, que se aprofunda com a pandemia do coronavírus.
Neste sentido, a ofensiva reacionária da direita contra os trabalhadores em geral, e em particular na Petrobras, precisa ser respondida a altura através das mobilizações e da organização dos milhares de trabalhadores, em defesa da empresa.
Nesse sentido é necessário mobilizar, imediatamente, os trabalhadores contra o total desmonte da Petrobras e organizar a paralisação de todas as unidades, com a ocupação, para barrar a política de entrega do patrimônio do povo brasileiro. Chamar plenárias de trabalhadores em todas as dependências para organizar, através dos métodos tradicionais de luta da classe operária: greves, ocupações de empresas, etc. para dar um basta à privatização e, deliberar por uma campanha, junto da classe trabalhadora, para conseguir os mais elementares direitos do povo, direitos democráticos, políticos, sociais, enfim, colocar em marcha uma ampla campanha pela derrubada do governo golpista, ilegítimo e entreguista de Bolsonaro pelas mãos do povo.