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Não a privatização da PBIO

Petrobras: Golpistas querem entregar 100% da distribuidora

A entrega da Distribuidora serve para demolir toda empresa e entregar para o capital estrangeiro

Na última quinta-feira, 20 de maio, os trabalhadores da Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, da Petrobrás Biocombustível (PBIO), em Montes Claros, Minas Gerais, entraram em greve na defesa de seus empregos e contra a privatização da unidade, que está em processo final de venda. Os cerca de 150 trabalhadores pararam totalmente a produção das unidades, e prometem continuar a paralisação até a diretoria da Petrobras se sentar à mesa de negociação. Com isso os trabalhadores exigem a manutenção de seus empregos diretos, além de defender também os trabalhadores terceirizados das unidades, que em plena pandemia enfrentarão o desemprego.

A unidade atende também a necessidade dos produtores rurais das regiões onde estão instaladas, que de outra forma não teriam outra opção de renda, em razão aridez do sertão onde se encontram. Somente a usina de Montes Claros atende a cerca de 9 mil famílias no entorno da usina, mostrando o enorme impacto contra a vida de milhares de trabalhadores imposta pelos golpistas a favor do capital internacional.

Além desta unidade no Norte de Minas, também vão parar as atividades da PBio de Candeias, na Bahia, e da sede da empresa, localizada no Rio de Janeiro.

Fundada em 2008, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras Biocombustíveis (PBIO) é uma das maiores produtoras de biodiesel do Brasil e possui três usinas de biodiesel, localizadas em Montes Claros (MG), Candeias (BA) e Quixadá (CE). Os combustíveis são produzidos à base de óleo de soja, algodão, palma, gordura animal e óleos residuais.

Demonstrando todo o seu poder de entrega das riquezas nacionais, o governo entreguista e fascista de Jair Bolsonaro em um contexto de alta do biocombustível em 2020, anunciou a entrega para capitalistas estrangeiros da Pbio. Em 2018 a PBIO apresentou lucros líquidos de R$ 243,5 milhões e R$ 179,7 milhões em 2019. Com isso os capitalistas estão rindo à toa, da desgraça imposta pelo governo Fascista, atualmente, o consumo de biocombustíveis no Brasil apresenta tendência de alta, com capacidade para produzir 167 mil m³ de biocombustível por ano e que deve chegar a um amento de mais de 15% do consumo total até 2023.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG), a paralisação foi definida após inúmeras tentativas de negociação, que não obtiveram resposta jurídica da empresa. “Os petroleiros da PBio podem facilmente continuar trabalhando na empresa, pois fizeram concurso e foram treinados. A Petrobras, ao se recusar a absorver esses trabalhadores, prejudica centenas de funcionários – próprios e terceirizados – no Norte de Minas, que dependem de seus empregos para sobreviver”, afirma Alexandre Finamori, coordenador do Sindipetro.

A privatização da Petrobrás Biocombustível faz parte do desmonte do que restou das empresas estatais que Fernando Henrique Cardoso não conseguiu privatizar em seu governo.

A Petrobras é uma empresa integrada de energia, com ativos totais, levantados em setembro de 2020 de US$ 171 bilhões e receita próxima de US$ 60 bilhões nos 12 meses encerrados em setembro passado. A companhia também domina a produção de petróleo e gás natural, bem como o refino e comercialização e refino no Brasil.

A empresa também detém uma participação significativa em petroquímica e distribuição e usinas de energia. O governo brasileiro ainda possui direta e indiretamente sobre 36,75% do capital social em circulação da Petrobras e 50,5% do capital votante, o qual quer entregar.

Todas as empresas são lucrativas e seu lucro deve se reverter para o Estado. Com a política entreguista dos golpistas parte desse lucro vai para a mão do capital privado. Assim se mostra na ordem do dia a defesa da Petrobras, 100% nacional. Assim como estatal que deve ser, todo o seu lucro se reverteria em benefício da população.

Para se ter uma ideia da destruição que os governos pró imperialistas realizaram com a Petrobras em finais de 2002, no apagar das luzes do governo FHC, a estatal empregava 48 mil trabalhadores próprios e 123 mil terceirizados. No ano de 2013, final do primeiro mandato de Dilma Rousself, esse número cresceu para 86 mil trabalhadores próprios e 360 mil terceirizados. Mas o quadro de funcionários despencou novamente com o enxugamento dos investimentos, imposto pelo golpismo no país – a Petrobrás fechou o ano de 2019 com 57 mil trabalhadores próprios e 103 mil terceirizados, configurando-se como a empresa do setor que mais demitiu funcionários em todo o mundo.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a cada R$ 1 bilhão investido em exploração e produção é transformado em R$ 1,28 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) e 26.319 empregos. Cada R$ 1 bilhão investido no refino do petróleo implica na geração de R$ 1,27 bilhão no PIB e 32.348 ocupações.

Na mira das privatizações de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro estão ainda BB, CEF, Correios, Eletrobrás, EBC e uma série de outras estatais.

A greve dos petroleiros da PBIO demonstra a tendência a mobilização dos trabalhadores, que desde o golpe de Estado veem o desmonte da indústria nacional por todos os lados e com ela, o recorde de demissões nunca antes visto no país. Trabalhadores de todas as outras unidades, refinarias, devem se mobilizar para aderir ao movimento e parar a produção de combustíveis e barrar a entrega da Petrobrás.

Esta tendência de mobilização é cada vez mais clara, demonstrada por setores da esquerda reformistas, que semanas atrás ainda defendiam a capituladora política do “Fique em Casa”, agora impulsionados por setores de bases dos trabalhadores e da militância de esquerda, que, seguindo o chamado do Partido da Causa Operária a se mobilizar, começaram nas últimas semanas várias mobilizações pelo país.

A CUT, a Federação Nacional dos Petroleiros tem que impulsionar imediatamente a luta contra as privatizações e pela reestatização total da Petrobras com a greve massiva da categoria e com a ocupação pelos trabalhadores de todos os setores estratégicos da empresa na defesa da manutenção e ampliação dos Empregos e por vacina para todos.

 

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