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Movimento Estudantil

Pelo país, aulas presenciais iniciam: a greve é urgente!

Contra o genocídio da volta às aulas, é preciso seguir o exemplo do Rio de Janeiro e fazer greve!

Um dos principais assuntos na imprensa golpista tem sido a volta às aulas na rede privada, municipal e estadual no estado de São Paulo. Com os anúncios feitos pelos governos estaduais e municipais, as aulas presenciais estão previstas até março na maior parte do estado. O governo do estado de Doria decidiu iniciar as aulas presenciais da rede pública estadual no dia 8 de fevereiro, uma semana antes da rede pública municipal da capital que voltará no dia 15.

No dia 29, última sexta-feira, a APEOSP, o sindicato dos professores de São Paulo teve uma liminar revogada na justiça paulista. O objetivo era interromper a volta às aulas presenciais na rede pública e privada do estado. A justiça voltou atrás na decisão e decidiu acatar decisão anterior que permite a volta às aulas em qualquer estado da pandemia, à pedido do governo Doria.

No sábado, dia 30, outra liminar foi revogada, à pedido da gestão municipal de Covas. A liminar foi uma tentativa do Sindicato dos Trabalhadores Nas Unidades de Educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de São Paulo de evitar às aulas presenciais por conta da piora do quadro do coronavírus em São Paulo.

Enquanto isso, o retorno às aulas presenciais nas escolas da rede privada foi marcado pela falta de organização e precariedade das escolas. Com colégios, como o Colégio Mágico de Oz na zona sul de São Paulo, submetendo os estudantes a vários procedimentos sanitários desnecessários, no sentido de que são incapazes de conter o contágio. Enquanto em outros colégios, como o tradicional Colégio Rio Branco na capital, um mesmo professor se divide entre três ambientes diferentes, o que claramente é um improviso dos mais precários.

Pois, apesar da volta das atividades presenciais, muitas atividades foram proibidas, principalmente aquelas que consistiam no contato físico entre os estudantes. Sobre a desculpa de evitar o contágio, na prática, isto demonstra que as atividades presenciais são incompatíveis com a atual situação de pandemia. Em outras situações, uma mesma sala, normalmente contendo trinta estudantes, é dividida em várias salas, obrigando os professores a dividir sua atenção entre várias salas, ainda auxiliando os alunos que permaneceram em casa, por conta de a volta presencial ser feita maioria das vezes em sistema de ensino híbrido com rodízios.

É preciso ressaltar que apesar de seguirem as regras sanitárias de que somente 35% dos estudantes, pouco mais de um terço, deverão ocupar a capacidade de uma sala, nada foi especificado para garantir que isto seja feito de forma segura e que permita o estudo. O mesmo pode ser dito sobre a questão estabelecida pela gestão Doria de que os responsáveis deverão escolher se permitirão a volta às aulas presenciais de seus filhos.

A questão é contraditória pois, inicialmente, a maioria absoluta dos pais foram contrários a volta às aulas, mas, desconsiderando a vontade de pais e alunos, a volta às aulas foi imposta, mesmo com suposta decisão “democrática” de enviar ou não os estudantes. No atual momento, a medida tomada por Doria, autor de várias arbitrariedades ditatoriais, é nada mais que uma tentativa de apaziguamento do conflito com os pais e os estudantes, que em sua maioria não querem comparecer às aulas.

Como bem sabemos, não é possível confiar na palavra dos golpistas que programaram a volta às aulas em meio a pior fase da pandemia no estado de São Paulo. Uma verdadeira ação em prol do genocídio da comunidade escolar e do resto da população. Portanto, apesar de ter sido declarada como obrigatória, com pouca resistência da comunidade escolar, a medida pode ser obrigatória.

No Rio de Janeiro, os professores estaduais e municipais do estado e da capital entraram em greve contra as aulas presenciais. Em votação nas assembleias realizadas neste último final de semana, a grande maioria, mais de 80%, dos professores aderiu à iniciativa de instituir a greve para impedir o genocídio da volta às aulas em um cenário sem perspectivas de melhora da pandemia. “O fato é que os governos não se esforçam para garantir a vacina e querem que as escolas abram”, diz Gustavo Miranda, coordenador geral do Sepe-RJ.

Portanto, é preciso que o movimento estudantil siga o caminho das escolas do estado do Rio em que professores declararam greve contra a volta às aulas e aprovem a greve em todo o Brasil. A única saída para evitar o genocídio da volta às aulas presenciais é a mobilização, principalmente dos estudantes, nas ruas, contra às aulas, sejam à distância, sejam presenciais. É preciso lutar pelo cancelamento do calendário letivo e pelo fim da intervenção ditatorial dos governos de direita nas escolas, pois, só assim é possível evitar um piora ainda mais grave da pandemia.

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