O Partido da Causa Operária (PCO) tem se destacado no último período como o mais combativo na luta contra o golpe de 2016 e pelo Fora Bolsonaro. Também foi quem encabeçou a organização da luta contra a prisão de Lula, e depois por sua liberdade, realizando atos públicos de massas nas ruas.
Agora, o PCO é quem lidera o chamado popular por uma candidatura do ex-presidente Lula à presidência da República em 2022. Por quê?
Ora, sendo um partido marxista e revolucionário, o PCO é um partido que trabalha incansavelmente para organizar a classe operária. Acreditamos, ao contrário da esmagadora maioria da esquerda, que os trabalhadores adquirem e desenvolvem sua consciência de classe através da experiência prática.
E essa experiência não vem da academia, mas sim das lutas diárias. Precisamente, da luta política. É intervindo nos principais temas políticos nacionais e internacionais que os trabalhadores, e seu partido, lutam contra a burguesia. O PCO, assim, trabalha para o enfraquecimento do Estado burguês ─ instrumento maior de opressão de uma classe sobre a outra ─ para que os trabalhadores possam, futuramente, derrubá-lo.
Na luta política atual, diante de uma enorme polarização fruto do acirramento da luta de classes com a crise estrutural do capitalismo principalmente desde 2008, no Brasil o principal eixo de mobilização revolucionária dos trabalhadores é a luta em torno de Lula.
Isso não se deve à posição política de Lula. Sabemos que ele é um líder reformista, conciliador e disposto a realizar acordos com a burguesia. Mas isso não importa. O que importa é seu papel na luta de classes concreta.
O golpe de 2016 e sua prisão demonstraram que a burguesia já não vê Lula mais como um aliado, e sim como um inimigo. Lula, devido à sua enorme popularidade e ao seu enraizamento na classe operária, é um representante dos interesses dos trabalhadores contra os interesses da direita golpista, da burguesia e do imperialismo na atual conjuntura.
Sua candidatura, portanto ─ independentemente do que Lula pense ou procure fazer ─ é um instrumento de enfrentamento dos trabalhadores contra a burguesia. Isso fica claro quando percebemos, tanto pelas pesquisas eleitorais como pela temperatura das ruas, que parcela majoritária dos trabalhadores gostaria de votar em Lula para presidente.
Mas não se trata apenas de um mero voto. Os trabalhadores querem um governo em que se sintam representados. Um governo próprio. Um governo que atenda às suas reivindicações mais prementes, como pleno emprego, salário digno, redução da jornada, estatização dos recursos nacionais, moradia, terra, saúde, educação etc. E veem em Lula um governo que pode atender a essas necessidades.
Por isso os trabalhadores se mobilizam pela candidatura de Lula. E essa mobilização é nacional e envolve milhões de pessoas. É essa mobilização na qual o PCO aposta. A tendência de milhões de trabalhadores é se mobilizar de maneira radical para que Lula possa ser candidato. Para que possa ser seu candidato.
Portanto, como o PCO acredita que é a mobilização real dos trabalhadores que eleva sua consciência, é natural que o Partido apoie e impulsione essa mobilização. Diante de tal polarização política e da crise do regime, tal mobilização pode adquirir dimensões impensáveis para a maioria da esquerda ─ por isso alguns setores não acreditam no apoio à candidatura de Lula.
A revolução e o socialismo não vêm do nada ─ como pensa a esquerda pequeno-burguesa, universitária e distante das massas. Fazem parte do processo necessário de mobilização das massas por sua emancipação. A revolução não é desencadeada por meio do pensamento avançado das massas ─ essa é uma opinião idealista, antimarxista ─ mas o contrário: o processo de lutas gera a consciência revolucionária. Ou seja, a luta radical e revolucionária molda a posição política dos trabalhadores e dos oprimidos.
Logo, a luta pela candidatura de Lula é de interesse geral não apenas de todos que se dizem revolucionários, mas também de todos os trabalhadores e oprimidos.
O PCO aposta e vai continuar apostando nessa mobilização. E 2022 será o ano chave para isso, no qual o Partido investirá todos os seus esforços para mobilizar de maneira revolucionária os trabalhadores, organizando-os na luta pela derrubada do regime político atual e pela construção de um governo operário.