A censura a Donald Trump foi amplamente defendida por um setor ultra confuso da esquerda pequeno-burguesa, porém o que esses setores não sabem ou não querem entender é que, parodiando o ditado popular, pau que bate em Chico mata Francisco.
Trump está na mira do imperialismo há muito tempo, foi um presidente que a burguesia imperialista mundial não podia ter tido. Desde a crise de 2008 o sistema financeiro está altamente fragilizado e com ele toda a situação política mundial, e como se não fosse uma receita suficientemente desastrosa acrescentou-se a crise da Covid-19. Nesse cenário caótico os imperialistas não podem se dar ao luxo de ter um presidente que desestabilize o regime como Donald Trump. O problema é que sua chegada à presidência é uma consequência direta dessa crise.
A crise Trump existe desde que o mesmo chegou à presidência, porém com a pandemia acabou subindo para outro patamar. Isso justifica o desespero de aniquilar Trump politicamente. Sua censura nas redes sociais e o cerco que se fez contra o presidente é uma tentativa ditatorial e desesperada de conter a enorme crise política e uma possível guerra civil. Todos os jornais mais alinhados com o imperialismo atacaram violentamente o direito de liberdade de expressão para poder justificar a censura a Trump e o ataque à rede social Parler. Folha de S.Paulo, Estadão e O Globo foram o flanco brasileiro, o flanco europeu foi liderado pela alemã Deutsche Welle, o francês Le Monde e o a britânica The Economist; nos Estados Unidos todos os principais jornais estão contra o atual presidente. Um ataque organizado em prol de uma medida extremamente ditatorial sob uma forma nunca antes vista, querem restringir ainda mais o direito de expressão e para isso silenciaram de todas as maneiras o presidente dos Estados Unidos.
Essa medida, embora seja apresentada como uma luta justa e pura contra o fascismo, é levada pelos mais poderosos dentre os poderosos. Trata-se de uma medida ditatorial que beneficia somente a burguesia imperialista.
A perseguição a Trump é o verdadeiro ouro dos tolos dos esquerdistas que defendem tais medidas. Para eles, trata-se de um combate ao fascismo, de uma vitória sobre a extrema-direita e de um alívio político. O mesmo poderia acontecer com Bolsonaro no País e ficariam ainda mais felizes. O que não entendem é que na verdade estão comemorando a vitória de um setor muito mais violento e poderoso da burguesia, um setor que estava em franca falência política por ser o responsável pela enorme e atual crise econômica.
Esse setor representado por Biden nos EUA e pelo centrão no Brasil está usando a demagogia esquerdista para angariar forças e retomar a estabilidade política. Todas as ferramentas que estão empregando contra Trump e similares serão usadas com mais vigor contra a esquerda, e embora eles não necessitem de nenhum precedente para perseguir as organizações da classe trabalhadora, se essas organizações deram apoio a tais medidas nesse momento será muito difícil se defender delas depois. Se permitimos às redes sociais, ao judiciário e ao legislativo perseguirem adversários com argumentos subjetivos como “fake news” e discurso de ódio, como poderemos nos defender quando formos acusados dos mesmos “crimes”? Os supostos discurso de ódio e fake news que incomodam o imperialismo e ajudam a por em risco sua política, e são também produto da crise.
Não precisamos esperar muito, a conta do Aiatolá Khamenei acaba de ter publicações excluídas no Twitter, os governos da Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Rússia, China e outros veículos iranianos também já foram censurados nas redes sociais recentemente. Milhares de militantes pró-Palestina já perderam suas contas no Facebook. Nem mesmo achar um caminho alternativo de comunicação é permitido, como vimos com a rede social Parler.
A esquerda deve denunciar as medidas ditatoriais e preparar a população contra a onda de ataques aos direitos democráticos e à economia que está sendo organizada pelos “progressistas” que hoje atacam Trump.