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Pelas crianças da burguesia!

Patricinhas querem jogar os filhos da favela para pegar o vírus

Em defesa do interesse de uma organização de pais burgueses, prefeitura de São Paulo irá retomar as escolas colocando em risco a vida de milhares de jovens trabalhadores.

Poucas pessoas talvez já tenham ouvido, e menos pessoas ainda conhecido, a escola Saint Paul’s School, que em tradução direta para língua portuguesa significa “Escola de São Paulo” (em referência ao santo propriamente dito). Esta peculiar escola se faz presente no estado de São Paulo, como uma representante internacional do “modelo britânico de educação”. Ou seja, uma escola onde patricinhas, filhos de ricaços da capital paulista, estudam durante sua vida em um ambiente isolado, recheado das mais conservadoras e fascistas tradições da coroa britânica. Contudo, por qual motivo este diário estaria falando sobre tal nobre instituição?

Uma nobre instituição, uma nobre burguesia, com desejos genocidas

Imagem
Retrato da rainha da Inglaterra, colocado pelo “headmaster” da escola, o britânico Titus Edge. Via Twitter.

Ainda em em dezembro de 2020, um movimento intitulado “Escolas Abertas”, surgiu em um grupo de Whatsapp de pais desta notória escola. O grupo, logo se mobilizou e entrou como uma ação na justiça para que a prefeitura da capital paulista reabrisse as escolas em plena pandemia. Este movimento rapidamente cresceu no interior da burguesia, e  recebeu a resposta do governo paulistano para o início de toda a política de reabertura.

Agora, a decisão oficial da prefeitura de São Paulo é reabrir todas as escolas no dia 1º de fevereiro. Logo após ter seu desejo realizado, o grupo de fascistas ganharam espaço na Estado de São Paulo para se declararem a postos para lutar contra os “novos desafios”, que tem como intuito supostamente garantir que haja o cumprimento dos protocolos de segurança nestas instituições. Toda esta falação, não passa de uma grande demagogia, um disfarce para uma política de reabertura impulsionadas pelos pais da burguesia, e que agora irá promover o genocídio não de seus filhos, mas de todos os filhos da classe trabalhadora.

Para ter-se uma noção da total disparidade da Saint Paul’s SchoolI tem para com as demais instituições de educação, basta comparar as mensalidades. Em um rápido balanço realizado nos próprios órgãos de imprensa da burguesia golpista, nota-se que a mensalidade desta escola internacional gira entorno de 6.700 a 8.500 reais por mês (sem esquecer, é claro, da taxa de matricula vitalícia de míseros R$ 29.300), maior até mesmo que o curso de medicina na PUC-SP, onde é encontrado uma mensalidade de R$5 mil.

Pelas criancinhas da burguesia!

A mesma instituição, ao contrário das escolas municipais brasileiras não só está em um local isolado como amplo, com grandes estruturas e muito menos alunos do que a média da escolas públicas, como também conta com dinheiro estrangeiro para se sustentar, “educando” os filhos dos grandes capitalistas. Já as verdadeiras escolas brasileiras, terão com sua volta às aulas um completo genocídio da juventude trabalhadora e de suas famílias.

O cinismo para justificar a retomada das escolas pelo movimento fascista é grande, e não se contem ao afirmar que a educação é uma prioridade essencial na pandemia assim como “hospital, farmácia e supermercado”.

Vivendo em uma realidade desconhecida da população brasileira, o movimento ainda fala dos danos de “natureza psicomotora” que está sendo feito nas crianças com até 6 anos, graças a falta de aulas presenciais. Perda da socialização entre as crianças e adolescentes, e o famoso problema da “saúde mental” como desculpa para reabrir as instituições.

No mundo extraterrestre da burguesia brasileira, não há pandemia, não há riscos, porém, para a população brasileira, a morte é menos importante se comparados a estes “profundos danos” realizados a juventude na pandemia.

E é  justamente a estes setores, que os principais órgãos de imprensa, como o Estado de São Paulo abrem espaço durante um dos piores momentos vividos pela população durante a pandemia. Assim como já feito pela Folha de São Paulo no mês anterior, entrevistando representantes de banqueiros, a imprensa burguesa busca enganar a população de uma maneira descarada e cínica, querendo justificar e empurrar de goela abaixo de toda a população uma política altamente impopular e genocida.

Apenas a mobilização da juventude trabalhadora poderá impedir o genocídio

Fica claro cada vez que, se por um lado as principais organizações da juventude -UNE, UBES- comandadas hoje por uma burocracia pelega da UJS (PCdoB), que está longe de representar a vontade da juventude, é necessário reconstruir estas organizações pela base e impulsionar um forte trabalho de organização e mobilização da juventude trabalhadora.

A Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), coletivo da juventude do PCO, decidiu por tomar a frente em uma importante iniciativa de formação de comitês de luta estudantil para organizar a greve contra o volta às aulas. A juventude não quer ser morta por esta política genocida, porém, este ataque só poderá ser impedido por uma verdadeira mobilização dos estudantes, que tenham como eixo principal retomar as aulas só com vacinação da população, e luta contra o regime golpista.

Seja bolsonaro ou os governadores “científicos” da burguesia, todos estes desejam massacrar a juventude para dar um novo folego a falida economia capitalista. A população nada tem a ver com isto, e não deve pagar com sua vida os lucros dos grandes capitalistas.

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