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É o fim da cultura

Para a burguesia, a cultura não foi destruída, mas “reinventada”

Tentam esconder o sucateamento da cultura com argumentos toscos e completamente fora da realidade. É um total desrespeito à inteligência do povo.

Com ano difícil, o setor cultural se reinventou, esta é a chamada da matéria da imprensa golpista e reacionária no portal Diário Digital, do grupo Record R7.  

Destacam a participação do governador do Mato Grosso do Sul (PSDB) e da Universidade Federal naquele estado, como incentivadores de atividades artísticas pela internet e distribuição do auxílio emergencial para os artistas, tentando amenizar os efeitos da pandemia.

Comentam também o lançamento pelo governo federal, da Lei Aldir Blanc, para artistas e trabalhadores da cultura e que o estado já conta com 417 inscritos para receber os R$ 3.000,00. E que o estado foi beneficiado com 20 milhões de reais em auxílio emergencial.

Uma verdadeira panaceia midiática, com frases eloquentes e grandes números que não dizem nada. Isto porque na verdade escondem a própria realidade da situação da cultura no país. Desde o golpe estão sendo retiradas verbas do estado tanto federal como estadual e municipal, destinadas ao desenvolvimento cultural, como a Lei Rouanet e outras.

Com o congelamento de gastos do governo por vinte anos, e todas as perdas acumuladas de direitos sociais, tudo contra a classe trabalhadora, outro setor muito afetado pelas medidas neoliberais foi o da cultura, já que os imperialistas fascistas odeiam cultura, gostam mesmo é de resolver tudo na base da violência, contra os pobres, negros, trabalhadores e mulheres. A matéria nada fala disso, de quanto a cultura perde mesmo antes da pandemia.

A grande maioria dos trabalhadores foram jogados na informalidade e no desemprego, o mesmo ocorre com os trabalhadores da cultura, sejam artistas sejam os de apoio como eletricistas, iluminadores, maquiadores, operadores de som, operários da limpeza etc.

O estado sequer sabe dizer quantos são os trabalhadores desse setor, pois as fontes de pesquisa oficial não tem critérios que permitam saber com certeza, como aponta a Carta de Conjuntura 6 do IPEA. Como por exemplo os profissionais encarregados da manutenção e instalação de palcos para apresentação de artistas.

Os poucos recursos do estado para a cultura acabam sempre privilegiando grandes eventos, que são promovidos por empresas, enquanto os artistas e grupos sem vínculos empregatícios não têm acesso a esses incentivos.

A pandemia apenas piorou ainda mais o que já era ruim, falta de incentivos às atividades culturais, em todas as formas, falta de verbas, apologia contra atividades culturais como depredação de monumentos e obras escritas anteriormente, taxando costumeiramente de comunistas ou então de reacionárias, sem respeitar a cultura vigente na época que foram criadas. Proibindo ou fazendo campanha contra determinadas expressões culturais taxando de esquerdismo e etc.

Sem dúvida estamos diante de um enorme retrocesso cultural e artístico mas também econômico. O objetivo é claro, de tirar o máximo que puderem da renda dos mais pobres e transferir para os empresários capitalistas, nacionais e estrangeiros, como querem os imperialistas. Isto ocorre não só no Brasil, mas em todo o mundo. Faz parte da política neoliberal imperialista. E disso também nada fala a vil matéria, ao contrário tenta esconder dizendo do benefício de um programa chinfrim, que atende um número muito reduzido de artistas e espectadores colocando como algo do outro mundo.

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