Literatura, artes e música: tudo isso sob o ponto de vista marxista. É o que traz o Caderno Cultural do Jornal Causa Operária. Com mais de 42 anos de publicação e 1152 edições, o jornal traz semanalmente análises dos mais diversos assuntos através da hermenêutica marxista.
Em sua última edição, por exemplo, a matéria “Renoir e seu impressionismo sensual” foi publicada para comemorar o 180º ano do nascimento do pintor, um dos mais destacados membros da seara impressionista da pintura. Ele, ao lado de nomes como Pissarro e Monet, revolucionou a maneira que enxergamos e produzimos a arte, abrindo caminho para o surgimento de diversas vanguardas características do século XX. O artigo, publicado no supracitado caderno, analisa minuciosamente o contexto histórico do artista, suas influencias, referencias e importância política.
Como se não fosse suficiente, também nesta última edição, fora analisada a trajetória da cantora Clara Nunes, bem como a aproximação de sua música com os pontos de umbanda, com o samba, e as mais diversas expressões culturais do povo brasileiro, sobretudo o povo negro, e como isto alavancou sua carreira artística. O artigo disseca a história da artista e analisa seu contexto histórico, demonstrando sua importância e riqueza cultural, muitas vezes preterida pela mídia e critica tradicional. Demonstra a importância da homenagem realizada pela Escola de Samba Portela, qual dedicou o enredo de 2019 “Na Madureira Moderníssima, Hei Sempre de Ouvir um Sabiá” à cantora.
Dentre muitas outras personalidades analisadas pelo Jornal Causa Operária, recentemente destacam-se Aluízio de Azevedo e sua obra de riqueza cultural inestimável, Monteiro Lobato e a censura que sua obra vem sofrendo em face ao avanço da política imperialista em nosso país e os supracitados Renoir e Clara Nunes.
Entretanto, o caderno traz também diversos outros artigos de opinião dos mais diversos temas possíveis sobre o ambiente cultural nacional. Por exemplo, nesta última publicação foi discutida a cultura do cancelamento e como ela age como uma espécie de “cruzada moderna”, como os grupos de Incel’s (Celibatários Involuntários), que vem crescendo na internet e não representam nada mais, nada menos, que um reflexo da crise capitalista, dentre muitos outros temas.
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