Há mais de um mês, o Partido da Imprensa Golpista (PIG) vem em campanha frenética de assédio para impor o eternamente tucano Geraldo Alckmin à candidatura de Lula. A campanha começou com uma fofoca da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo e, como não foi combatido energicamente pelos dirigentes do PT, cresceu até o ponto de virar um assunto nacional.
Os setores da frente ampla infiltrados na esquerda, que sempre defenderam a submissão do PT e da esquerda aos golpistas, aproveitaram ainda o arrefecimento das mobilizações de rua para colocar as mangas de fora e pedir a suposta aliança de Alckmin com Lula. O governador Flávio Dino (PSB-MA) fez votos para que o tucano viesse para seu partido e entrasse na candidatura de Lula. Eduardo Suplicy participou de um encontro com Alckmin e disparou elogios ao ex-governador. Já Rui Costa, governador da Bahia pelo PT, também colocou a possibilidade de uma aliança na mesa.
Nem os trabalhadores, nem Lula, nem a sua candidatura têm algo a ganhar com essa aliança. Pelo contrário: Alckmin continua o mesmo fascista, que bateu nos estudantes em 2015, que reprimiu as manifestações de 2013, que falou que Lula merecia ser preso e alvejado com balas ou que apoiou o golpe de 2016. É um rato, um capacho dos bancos que é capaz de matar o próprio povo de fome a mando dos patrões. Alguém cujas diferenças para Bolsonaro são mínimas.
Trazer um vigarista como esse para a candidatura que o povo quer apoiar só irá desmoralizar a candidatura de Lula. Irá fazer, portanto, com que perca sua maior força, que é o apoio das massas, que acredita que Lula é capaz de derrotar a política que Bolsonaro, o PSDB e Alckmin representam.
Tanto é assim que os direitistas que fazem campanha para que a aliança com Alckmin “dê certo” são incapazes de defender o próprio Alckmin. Não conseguem nem mesmo elogiá-lo, dizer que é um “companheiro”, que seria uma pessoa “de esquerda” ou que estaria preocupado com o povo.
Alckmin é um predador, um monstro inimigo do povo que o máximo que conseguirá fazer para se aproximar da esquerda é deixar o seu horroroso cabelo crescer para ficar parecendo com o revolucionário chinês Mao Tsé-Tung. Cabe ao povo colocá-lo para correr e fazer da candidatura de Lula uma campanha das massas.