No último domingo, dia 12, foi realizado mais um ato na luta pelo fora Bolsonaro e Lula presidente. Esse ato, ao contrário dos anteriores, teve um clima de uma primeira atividade em uma nova luta, ou seja, sem a direita, sem os golpistas, sem terceira via, militantes, ativistas, simpatizantes e manifestantes colocaram nas ruas a necessidade de lutar por fora Bolsonaro e Lula presidente, já.
Essa é uma disposição encontrada em todas as atividades de rua que precederam a manifestação do dia 12. O povo quer lutar, agora, para evitar novo golpe de Estado, novo golpe eleitoral, nova fraude.
A população sabe que é possível que a burguesia manobre para mudar os rumos dos interesses populares, e, por isso, a necessidade de manifestação constante, imediata, de estar nas ruas pelos direitos mais sentidos do povo.
Sem isso, não tem voto que garanta a eleição de Lula em 2022.
Chama atenção a preguiça da esquerda pequeno-burguesa em deixar tudo pro ano que vem, em deixar tudo para as eleições. Aguardar que a democracia retome seus rumos, que Lula seja eleito no voto, que as eleições serão limpas, e é só aguardar que tudo isso irá acontecer.
Essa posição passiva contrasta com a disposição de todo o pessoal que esteve na Paulista no dia 12 e, por que não, com todo o apoio que esta manifestação recebeu, e não foram poucos.
A caravana do Nordeste conseguiu manter a bateria Zumbi dos Palmares tocando quase até meia noite, depois de longa viagem, mostraram uma disposição gigantesca de protestar com os tambores de Zumbi, e pode-se dizer que este foi o espírito geral da manifestação, de quem organizou, de quem foi, de quem só observa de longe, de quem ajudou os manifestantes nas inúmeras campanhas feitas para as caravanas.
Os atos anteriores foram atacados por dentro e por fora. Um ponto decisivo foram as vaias que Ciro Gomes recebeu na Paulista, em uma tentativa fracassada da frente ampla de enfiar goela abaixo golpistas de carteirinha dentro dos atos da esquerda. O mesmo se deu com o PSDB, em episódio que terminou na expulsão desse partido das manifestações populares, afinal, se há um inimigo histórico do povo, esse inimigo é o PSDB.
De qualquer maneira, sem perder o fôlego, já estão sendo planejadas as atividades de 2022, plenárias estaduais e municipais logo no início do ano; novas manifestações, criação de centenas de comitês de luta, enfim, é preciso encarar o dia 12 como um novo marco da luta contra o golpe de Estado de 2016.