A manobra fracassou novamente. Os frente-amplistas, que desde o início das mobilizações, que eles foram contra antes de acontecer, tentam de qualquer maneira enfiar goela abaixo das manifestações a direita golpista.
Os frente-amplistas querem sequestrar o movimento fora Bolsonaro, que foi criado e desenvolvido pela esquerda, e entregá-lo para a direita. Primeiro, tentaram enfiar o verde e amarelo no lugar do vermelho nas manifestações. A manobra fracassou, os atos continuaram verdadeiras ondas vermelhas.
Depois convidaram os tucanos para os atos. Mais uma vez, fracasso. O bloco tucano em São Paulo foi, digamos assim, muito mal recebido pelos manifestantes, e acabou havendo um entrevero entre alguns militantes do PT e do PCO contra o pequeno grupo contratado do PSDB. Diante desse fracasso, nova tentativa. No ato seguinte o PCdoB, maior defensor da frente ampla, decidiu ajudar tucanos e outras espécies de golpistas, compondo uma espécie de bloco da terceira via. A iniciativa não foi bem sucedida, novamente a direita foi atropelada pela avalanche vermelha.
Novas tentativas fracassadas. Até mesmo no ato da direita, chamado pelo MBL, Vem pra Rua, PSDB e outros, no dia 12 de setembro, setores da esquerda compareceram, como foi o caso da presidenta da UNE, o deputado do PCdoB, Orlando Silva, e a deputada do PSOL, Isa Penna. Fizeram um papelão e saíram desmoralizados diante do movimento.
A última tentativa foi a mais elaborada de todas. Nesse ato do dia 2 de outubro, contando, como das outras vezes, com o apoio da imprensa golpista, os frente-amplistas montaram uma mega estrutura para receber toda a fauna da direita nacional. Trio elétrico de 100 mil reais, grades de segurança e muita propaganda para garantir a participação de Ciro Gomes, Paulinho da Força, PSDB, Rede, PSB, DEM, e até a herdeira do Banco Itaú, que abriu a manifestação, como que abençoando a putaria.
O fracasso foi do tamanho do esquema montado. Mesmo com todo o esforço, a impopularidade da manobra ficou patente. O trio elétrico não foi poderoso o suficiente para encobrir as vaias contra os direitistas e os gritos de Lula presidente dos manifestantes. Até mesmo alguns convidados, desavisados, falaram no trio elétrico contra a terceira via, a frente ampla e defenderam Lula.
E no final, Ciro Gomes ainda teve que sair correndo, se esquivando da fúria de alguns companheiros do PT e da CUT que partiram para cima dos seguranças do “coroné” do Ceará.
Para piorar – e esse infelizmente é efeito colateral de toda a manobra frente-amplista – o ato foi menor que os anteriores ocorridos na avenida Paulista. Isso mostra que a direita, que segundo os argumentos dos oportunistas deve ser chamada para ampliar a “unidade pelo fora Bolsonaro”, na verdade apenas contribui para diminuir a mobilização. Com o agravante de não serem pelo fora Bolsonaro coisa nenhuma.
Está provado que mesmo com toda a propaganda da imprensa e a ajuda da esquerda frente-amplista, a direita golpista não tem nenhuma popularidade. Já no caso dessa esquerda, ela está indo em direção à desmoralização total, se abraçando com os inimigos do povo.
Quem conhece bem a esquerda pequeno-burguesa sabe que ela não vai parar de passar vergonha. Pelo menos até que aconteça algum desastre político, pelo qual, posteriormente, seus geniais analistas vão atribuir a culpa a outros, esperando a oportunidade para se desmoralizar ainda mais.
