Com a posse do segundo mandato de Bruno Covas, o tucano golpista prefeito da cidade de São Paulo, seu “novo” secretário municipal de Educação é Fernando Padula. “Amigo” de Covas, Padula é parte de um esquema mafioso para o desvio de merendas das escolas públicas que foi exposto em 2014 na gestão de Alckmin. Logo após, em 2015, Padula promoveu uma “reorganização” das escolas no Estado de São Paulo e, em áudio, disse que declararia guerra contra os estudantes.
Como é previsível, a direita se prepara para disferir mais ataques à população. No caso da escolha do secretário municipal de Educação, o objetivo não é difícil de prever. Substituindo o antigo secretário mafioso Bruno Caetano ligado à “máfia das creches”, seu substituto é também um mafioso, desta vez da merenda. Em 2015, também no governo estadual de Alckmin, Padula teve um áudio exposto pelo veículo de imprensa independente Jornalistas Livres em que declarou que sua resposta aos protestos dos estudantes seria uma declaração de guerra, e portanto, a repressão violenta do movimento estudantil.
Na situação, o governo estadual golpista e o gabinete estadual de Educação, do qual Padula era chefe, organizaram um grande ataque à educação pública. O plano era “reorganizar os estudantes para promover o fechamento de diversas escolas em todo o estado”. Além de totalmente arbitrário, configurar-se-ia um desmantelamento da Educação pública e um tremendo retrocesso. Na prática, o que pretendiam era fechar centenas de unidades escolares da rede pública estadual, o que foi respondido prontamente com a tomada de centenas de escolas pelos estudantes, com direito a enfrentamento com as forças de repressão tucanas.
Após a exposição do áudio de Padula, Alckmin recuou da ofensiva contra a Educação e contra os estudantes, mesmo que de forma parcial, como é tradicional dos golpistas. Com o golpe de estado e sua continuação, os ataques estão cada vez mais intensos e com a escolha de Padula, um velho inimigo dos estudantes e da Educação, Covas e os golpistas se preparam para desta vez retomar os ataques contra a Educação. Não podemos esperar menos dos golpistas.
É preciso denunciar a maquinação dos golpistas para dar continuidade aos ataques contra população, especialmente contra os estudantes, e ressaltar que a posse de Padula é um prelúdio para um maior enfrentamento entre os estudantes e a ditadura tucana, assim como aconteceu na época em que ele ocupou a chefia do gabinete de Educação do estado de São Paulo na gestão golpista de Geraldo Alckmin.