Em plena crise financeira e social, em que a população vem comendo carcaça de carne e peixe, com inflação galopante, a Bolsa de Valores, em São Paulo, inaugurou uma estátua de um “touro de ouro” no dia 16 de novembro, imitando a escultura que existe em Wall Street.
Nessa quarta-feira, 17, jovens do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e psolitas, ligados a Guilherme Boulos(PSOL) fizeram mais um ato simbólico na sede da bolsa, colando cartazes com a palavra fome na estátua. O ato durou apenas 5 minutos. Após a inexpressiva e rápida ação, o caminhão da limpeza pública passou para limpar a área. A ação teve cobertura da Folha de S.Paulo, que tradicionalmente não cobre nenhuma ação importante da esquerda, mas nesse caso não apenas cobriu como fez propaganda da ação.
Em nota, os manifestantes disseram que o protesto era contra a fome, contra a falta de oportunidade para a juventude, contra a desigualdade social e o desemprego.
“Nesta semana, a Bolsa de Valores instalou a estátua do Touro de Ouro no Centro de São Paulo. O que para eles simboliza a força do mercado financeiro, para nós é um símbolo da fome, da miséria e da superexploração do trabalho. Mas, também é um lembrete de que continuaremos na luta por uma vida com dignidade. E é por isso que hoje fizemos essa ação simbólica de protesto”, afirmaram os manifestantes nas redes sociais.
Os atos convocados por essas organizações ligadas ao PSOL expõem de forma demagógica, sem nenhuma ação prática, apenas diversionismos para passar uma ideia de luta, enquanto levam adiante a política direitista de frente ampla com a direita. Inclusive, por conta dessa política, todos eles já tiraram férias das ruas e não falam mais nada sobre novos atos de massa pelo Fora Bolsonaro.
Recentemente essa mesma turma fez uma “ocupação” de brinquedo na Bolsa de Valores, cuja entrada era liberada, assim como também “ocuparam” a calçada da casa do filho de Bolsonaro, uma farsa.
Esses são os mesmos que defendem a queima de estátuas de personagens que viveram há séculos, como foi o caso da tentativa de queimar a estátua de Borba Gato, esquecendo dos verdadeiros inimigos atuais do povo como a Polícia Militar, que vem cotidianamente intensificando os assassinatos contra negros, índios e pobres das comunidades e favelas pelo Brasil afora.
Guilherme Boulos vem sendo desmascarado de forma necessária, pois sua política é nefasta: dividir a esquerda, trabalhar para o imperialismo, enfraquecer o PT e fingir que milita em prol do povo contra a direita. Desmascarar Boulos, esses movimentos manipulados e todos os partidos da esquerda pequeno-burguesa a reboque da burguesia e do imperialismo é favorecer a verdadeira luta popular contra o golpe. Esses militantes da perfumaria da esquerda pequeno-burguesa estão com o apoio da Folha de S.Paulo, da Veja e dos demais órgãos sujos da grande imprensa burguesa com o objetivo de lançar uma campanha de ações simbólicas, inexpressivas, inócuas, sem nenhuma agressividade e resultados práticos, apenas ações para desviar a verdadeira luta contra os reais inimigos do povo brasileiro.
O objetivo dessa campanha é o mesmo que fez com que Boulos fosse alçado na imprensa golpista como o candidato principal da esquerda nas eleições municipais de 2020. A burguesia procura alimentar uma esquerda anti-petista, de maior confiança por não ter a base social de Lula e PT. A apologia dessas ações inócuas visa criar artificialmente um Boulos esquerdista radical que servirá como um contraponto ao PT e Lula. Não dá para ter dúvida que Boulos e o PSOL são uma esquerda domesticada e de confiança da burguesia.