No 1º de Maio de 2015, portanto aproximadamente um ano antes do golpe que derrubou o governo eleito de Dilma Rousseff, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, no ato político organizado pela CUT, que ocorreu no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, afirmou: “não podemos aceitar que a direita seja dona das ruas! É nas ruas que a direita pode ser derrotada”.
Tal afirmação foi feita no momento em que a direita estava no auge de sua campanha golpista contra o governo do PT. Os partidos da direita tradicional (os chamados “civilizados” de hoje) e a imprensa capitalista faziam uma campanha de mentiras e calúnias e abria o portão do canil, chamando a escória da sociedade brasileira a sair na rua pelo impeachment de Dilma.
Seis anos depois, algo muito perigoso acontece: setores da extrema-direita estão convocando uma manifestação no 1º de Maio na avenida Paulista, em São Paulo. Não é à toa que isso acontece no momento de maior paralisia da esquerda e das organizações populares.
Como em 2015, mais do que nunca é importante tomar as ruas. É uma ameaça muito grande para todos os trabalhadores do País que essa direita fascista utilize as ruas para levar adiante sua política de ataques contra o povo. Mais importante ainda porque se trata do 1º de Maio, uma data de luta do povo trabalhador e de todos os oprimidos do mundo.
Aproveitando-se da paralisia da esquerda, a extrema-direita faz demagogia numa data que é um dia para se lembrar dos mártires da luta dos trabalhadores. Uma data que é da esquerda, dos que defendem os interesses da classe operária.
Por isso, o PCO está convocando um ato nacional de 1º de Maio na avenida Paulista, com caravanas vindas de vários lugares do País. Um ato que rompa a paralisia da esquerda pequeno-burguesa e levante, por de uma mobilização nas ruas, o programa em defesa dos trabalhadores e dos oprimidos. Um programa que, além das reivindicações imediatas, que deem conta dos gravíssimos problemas enfrentados pela catástrofe sanitária e econômica do País, também levanta as principais palavras de ordem históricas dos trabalhadores.
O PCO convida os militantes e as organizações populares e da esquerda a se somarem a essa iniciativa. É preciso tomar as ruas, as ruas são da esquerda, as ruas são dos trabalhadores e do povo.
Por isso, os atos que a extrema-direita, inimiga dos trabalhadores, está convocando precisam ser respondidos à altura. Como disse Rui Costa Pimenta em seu Twitter: “A direita bolsonarista convoca ato de 1º de Maio para a av. Paulista no mesmo horário do ato operário. Vamos ver essa provocação sem fazer nada? Vamos em ‘live’ com FHC, Doria e outros canalhas sentados em casa. Todos à Paulista em defesa da vida do povo e contra toda a burguesia”.
São dois atos chamados pela direita na Paulista, um de manhã e outro a tarde. Do mesmo jeito que dissemos em 2015 que era necessário impedir a direita de ocupar as ruas, hoje dizemos claramente que é preciso tomar a iniciativa e ocupar a avenida Paulista, em defesa dos interesses dos trabalhadores. É preciso romper a paralisia e lutar contra todos os golpistas, inimigos dos trabalhadores.