A direita se aprofunda nos ataques aos estudantes. O Ministério Público de Goiás quer instaurar canais para envio de denúncias de atos políticos em instituições de ensino, traduzindo: uma medida dos ”grandes” procuradores do MPF que pedem ao MEC – Ministério da Educação do governo genocida para implantar logo o Escola com Fascismo, o conjunto de medidas que visa reprimir a liberdade de pensamento e expressão nas escolas e espaços públicos no Estado.
Com oficio encaminhado no inicio deste mês para o MEC ”para que disponibilize canais físicos e eletrônicos para envio de denúncias sobre a realização de atos de natureza político-partidária, mediante o uso de prédios, equipamentos, redes de comunicação, imagem, símbolos institucionais de instituições públicas de ensino”, tudo isso deixa muito claro como os membros da justiça, no caso o MP, são tão fascistas quanto o Bolsonaro e outros loucos da extrema-direita.
Em tempos em que a esquerda tem ilusões com a instituições e defende até os dentes o STF, mesmo tomando decisões arbitrárias que podem se virar contra a própria esquerda, é preciso deixar claro que eventos como esse mostra que são todos inimigos da população, então, é preciso deixar claro que os movimentos estudantis, os partidos, e a própria esquerda organizada de conjunto não deve buscar se articular a direita golpista, como a UBES, UNE e UMES tem feito em São Paulo, capitulando vergonhosamente.
Os estudantes, professores e funcionários das universidades que se manifestam contra o governo ilegítimo e continuação do golpe de Jair Bolsonaro (ex-PSL, atual sem partido) são perseguidos por se posicionarem politicamente, seja contra o governo golpista ou defendendo meros princípios democráticos elementares como o regime tripartite – em que todas as partes tem voto igual nas decisão de eleições, o meio mais democrático.
O presidente da Une diz: “Não é de hoje que tentam criminalizar o movimento estudantil e acabar com o pensamento crítico. Por isso é importante estarmos sempre vigilantes. Somos o alvo principal desde que o MEC se transformou em um quartel general ideológico, mas não vamos deixar nos calarem”, afirmou Iago Montalvão.
Mas não se trata de ”estar vigilante”, e sim buscar mobilizar os estudantes contra o genocídio do retorno presencial às aulas e contra o avanço da extrema direita sobre os direitos democráticos dos estudantes, professores e da população em geral.
É isso que a União Nacional dos Estudantes, maior órgão representante dos estudantes deveria estar fazendo agora, não apenas demagogia que combateram o Escola Sem Partido, o que de fato não é verdade, pois não chamaram atos nas ruas, na prática não fizeram nada, só ficaram nas redes sociais, o que é completamente nulo de um ponto de vista da política concreta.