O Ministério Público do Rio de Janeiro divulgou portaria na segunda (12) informando através da resolução nº 2.409 que o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP) seria substituído pela Coordenadoria-Geral de Segurança Pública, acabando com o órgão que tinha a função de investigar, ao menos, uma pequena parte dos crimes cometidos pela PM do Rio e, principalmente, denunciá-los à justiça.
O grupo foi criado em 2015 e tinha entre outras funções “atuar na área da segurança pública em sentido amplo, tanto no que tange à formulação e à execução das políticas públicas a ela relacionadas quanto no que toca ao controle externo da atividade policial”.
Segundo o jornal burguês, El País, há promotores do próprio MP que denunciam o fim do órgão como “um absurdo e um verdadeiro retrocesso” pois um promotor comum da área penal não tem condição nenhuma de conduzir tais investigações pelo volume de processos que é responsável, em média 1 mil por mês.
A portaria confirma que o novo órgão tem outra finalidade, apesar da Secretaria de Segurança Pública afirmar o contrário, na qual consta “A Coordenadoria-Geral de Segurança Pública terá um trabalho de planejamento, apoio à formulação de novas estratégias institucionais, integração e suporte necessário às atividades dos promotores naturais da área”.