Elias de Lima Oliveira, de 24 anos, morreu ao ser atingido no rosto por um tiro de fuzil. O disparo foi feito por policiais militares (PMs) durante uma operação no morro, no dia 24 de novembro. Segundo o irmão da vítima, a morte aconteceu após uma abordagem policial dentro da comunidade do Morro do Palácio, comunidade localizada no bairro Ingá, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com a reportagem do Brasil de Fato, várias pessoas revoltadas saíram as ruas para protestar contra o crime praticado pela PM contra o Jovem. A mãe do rapaz, muito conhecida no Palácio, passou mal ao saber da morte do filho e precisou ser levada para a Unidade de Saúde. Elias deixa esposa e uma filha de 1 ano.
“Meu irmão estava saindo para trabalhar, ele fazia entregas pelo IFood, nas lanchonetes, pizzarias. Meu irmão foi enquadrado, infelizmente, porque a boca [de fumo] estava próxima do local onde ele estava passando”, explicou Leonardo Lima de Oliveira.
O irmão da vítima ainda deu detalhes do assassinato; “Moradores da comunidade do Palácio falaram que o ‘polícia’ falou ‘volta, volta, volta’ [para os moradores] e meu irmão estava vivo e não estava baleado, entre 30 e 40 segundos [depois] mais ou menos, moradores disseram que escutaram os dois disparos e que [os policiais] chamaram meu irmão ainda de ‘filho da p****’”, desabafou Leonardo, que ressaltou que o seu irmão estava vivo até entrar no carro da polícia.
Segundo o site de noticias A Nova Democracia o protesto contra a morte de Elias reuniu centenas de pessoas, entre moradores do Palácio e familiares do jovem. Eles fecharam a rua Presidente Pedreira, via de intenso tráfego, que fica próxima ao morro. No protesto, os manifestantes acusaram os PMs pela morte do trabalhador e denunciaram a mentirosa versão da PM, de que o rapaz fazia parte do tráfico de drogas e estava armado.