Na última sexta-feira (19), faleceu o cantor e compositor baiano, Tim Tim Gomes, na cidade de São Félix, localizada na região do Recôncavo Baiano, em decorrência de complicações causadas pelo diabetes.
Antes de lançar sua carreira com a banda Manassés, “Tim Tim” foi um dos integrantes fundadores da lendária Banda Remanescentes, pedra angular do movimento de Reggae ocorrido nos anos 80, na Bahia. Ao lado de grandes nomes como seu irmão, Edson Gomes, Sine Calmon e Nengo Vieira, se tornou “Tim Tim” um dos maiores expoentes de uma estética artística de resistência, adaptada a uma realidade regional, em defesa de melhor qualidade de vida para a classe operária.
Evidenciando em suas obras as injustiças e violências das quais o povo pobre e negro está submetido, influenciou marcadamente gerações e gerações de trabalhadores, e, em especial, de artistas de um fértil cenário musical de reggae que se formou posteriormente ao surgimento e projeção da banda Remanescentes.
Entre as suas composições, a música “Só remanescente ficará”, criada em parceria com o músico Nengo Vieira, deu nome ao álbum homônimo, considerado por alguns, como um dos maiores clássicos do reggae nacional. De acordo com o historiador Fábio Mandingo:
“o disco além de ser um Manifesto (…) também é um Manifesto Estético Musical, posto que as sonoridades instrumentais e vocais ali postas são, inegavelmente, referenciais para quase tudo do Reggae que foi produzido na Bahia nas duas primeiras décadas do XXI.”
Para o historiador Fábio Batista, em entrevista ao jornal Correio 24 horas: “Tin Tim é uma figura marcante, indissociável da história do reggae da Bahia”.
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