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Da Velha Guarda da Portela

Monarco: mais um mestre do samba que nos deixou

O compositor Monarco nos deixou no dia 11 de dezembro, junto com ele vai uma parte da história do samba carioca

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No último sábado (11), foi confirmada a morte de Monarco, o presidente de honra da Portela e um de seus principais compositores. Monarco estava internado no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, desde novembro, com a finalidade de realizar uma cirurgia no intestino. Complicações decorrentes dessa cirurgia levaram ao seu falecimento.

O sambista deixa para trás esposa, filho, netos e um legado indiscutível para a música brasileira. Grandes obras que permanecerão na memória de todos os admiradores do samba, como “Lenço”, “Vai vadiar”, “Tudo, menos amor”. Suas canções foram eternizadas por grandes intérpretes como Martinho da Vila, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola e muitos outros. 

A despedida e velório de Monarco foram realizados em uma cerimônia na quadra da Portela, no bairro Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Durante o evento, suas canções e outras da Portela foram lembradas em uma grande roda de samba, com a presença de artistas e torcedores conhecidos da Portela, como Diogo Nogueira, Paulinho da Viola e Marisa Monte. Membros da Mangueira, escola de samba rival da Portela, também vieram homenagear a memória do compositor.

O velório era aberto ao público e a rua Clara Nunes, onde se localiza a quadra, foi interditada para o evento. Nos próximos dias, a Portela estará de luto e terá suas atividades canceladas, segundo o vice-presidente da escola, Fábio Pavão. O luto é também indicado pela colocação de uma fita preta ao lado do símbolo da escola na entrada da quadra.

Hildemar Diniz, o Monarco, era o membro mais antigo da Portela e, em vida, havia sido uma espécie de “prodígio” do samba. Tendo começado desde menino a compôr canções, desde que havia se mudado para Oswaldo Cruz, o bairro da Portela. Ele chegou à Ala dos Compositores da escola com apenas 17 anos de idade, em 1950. Seu primeiro álbum, no entanto, só foi lançado em 1976, com clássicos eternos do samba, como “Lenço”, “O Quitandeiro” e “Glórias do Samba”.

A perda de Monarco para a Portela, para o samba carioca e para a música brasileira, é de proporções gigantescas. Como um dos representantes da Velha Guarda, ele era uma peça viva da história do samba carioca e será sempre lembrado como um de seus principais representantes. 

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