O presidente ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro afirmou em entrevista na terça-feira (15) que o governo poderia oferecer “mais duas ou três parcelas” do auxílio emergencial, de apenas R$250.
“Mais duas ou três parcelas, está faltando só esse ‘finalmente’ aí, de auxílio emergencial de média de R$ 250. Média”, disse à afiliada da Record em Rondônia, a SIC TV.
É um acinte de Bolsonaro. Pelas suas próprias palavras é visível o desleixo com o qual vem tratando a necessidade de fornecer auxílio emergencial, do qual necessita cerca de metade da população brasileira.
Bolsonaro não está interessado em entregar o auxílio emergencial ao povo. Pode-se comparar com o dinheiro que ele entrega aos empresários: sempre realiza reuniões com eles e os atende prontamente quando pedem um “empréstimo” do governo – isso quando simplesmente não saqueia os cofres dos trabalhadores e dá de bandeja trilhões de reais aos bancos, como foi no início do ano passado.
Metade da população precisa do auxílio, mas quase ninguém nunca viu esse dinheiro. Além disso, os que viram sabem que 250 reais não compra sequer os produtos mais básicos dos quais necessita um trabalhador.
Mas o valor de 250 é apenas o médio. A ajuda “fake” do governo federal aos necessitados varia de míseros R$150 a R$375. Cento e cinquenta reais por mês! O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) calcula de modo conservador que os gastos do trabalhador em um mês ultrapassam os R$5.000 (cinco mil reais).
Antes o auxílio era de R$600. Não era suficiente para um mês de vida do trabalhador necessitado, mas ainda era alguma coisa, embora pouca. Depois, o governo diminuiu pela metade. Será que o governo não tem dinheiro para gastar com o povo? Onde está esse dinheiro? Resposta: sendo desviado para as gordas contas bancárias dos capitalistas.
Enquanto isso, 120 milhões de brasileiros (mais da metade da população) está em situação de “insegurança alimentar” – leia-se fome. O País volta, de maneira acelerada, aos anos sombrios do governo FHC – se as coisas continuarem assim, a Globo e o centrão não precisarão trazer o PSDB de volta, porque Bolsonaro já está fazendo o serviço.
A fome que assola grande parte da população nacional deixa ainda mais vulnerável a contrair coronavírus, reduzindo a imunidade do organismo de trabalhadores que vivem amontoados em pocilgas que a burguesia chama de casa (isso quando não vivem na rua), sem direito a um tratamento de saúde com o SUS sucateado e a assistência médica inexistente.
O auxílio emergencial deve ser um auxílio de verdade e distribuído para todos os brasileiros que dele necessitem. Não deve ser inferior a um salário mínimo, para que o trabalhador não morra de fome.
É preciso exigir isso do governo nas ruas. É com essa reivindicação, somada às de vacinação e emprego, que as massas populares voltam a se manifestar em peso, expressando a indignação do povo oprimido por Bolsonaro e por toda a direita golpista que hoje se diz democrática e civilizada. Neste sábado (19), todos às ruas por auxílio emergencial, vacinação e Fora Bolsonaro!





