Nessa terça-feira, dia 18, os metroviários, em assembleia virtual, decidiram rejeitar a proposta do governo Doria e da direção do Metrô e decretar greve da categoria a partir da zero hora de hoje.
Os patrões estão rebaixando os direitos dos trabalhadores, que estão sem reajuste salarial há mais de um ano.
A categoria interrompeu a greve na semana passada para participar de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A reunião ocorreu na segunda-feira (17) e na terça (18). Nem mesmo a proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) foi aceita pela empresa, que insistiu na retirada de direitos.
O próprio MPT apresentou uma proposta de conciliação bastante rebaixada com um reajuste salarial de 9,7% em três parcelas sendo a primeira em maio de 2021, a segunda em janeiro de 2022 e a terceira em maio de 2022. Ou seja, na prática, já um rebaixamento brutal do poder de compra do trabalhador.
O governo e a empresa não abriram mão de sua proposta indecente de 2,61%, não retroativo, a partir só a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem.
Os metroviários estão trabalhando desde o início da pandemia, sem direito a ficar em casa e correndo os riscos de serem infectados. Mesmo assim, o governo não quer nem negociar. Mesmo assim, a imprensa golpista, mancomunada com o governo Doria, ataca e mente sobre os motivos da greve.
Como se não bastasse, Doria persegue a categoria ameaçando o despejo do sindicato de sua sede. O sindicato está no local há 30 anos e só agora o governo decide leiloar o terreno. Puramente uma perseguição política.
É preciso apoiar incondicionalmente a greve e as reivindicações dos trabalhadores e chamar outras categorias a se unificarem nessa mobilização. A greve tem que continuar até o atendimento de todas as reivindicações da categoria.