Mais um capítulo da destruição da cultura, no regime fascista que o Brasil se encontra desde o golpe de 2016 e agora mais acirrado com o governo Bolsonaro. Neste final de semana no Painel das Letras, o destaque foi para o aumento do preço do papel, ficando mais caro neste começo de ano e assim, deve aumentar o preço dos livros, segundo a coluna de editoras de grande e pequeno porte.
Uma das empresas que dominam o monopólio de fornecimento de papel e celulose, a Suzano, comunicou a seus parceiros que o papel Pólen, um dos mais populares, sofreria um aumento de 15,5% a partir da próxima semana, enquanto os papéis revestidos, mais comuns em livros ilustrados , subiriam 15%. Diz em nota, que ao longo de 2020 não promoveu reajustes no preço do papel não revestido e que decidiu, no início da pandemia, “não repassar para os preços praticados no mercado doméstico a alta de custos de produção, diretamente relacionada à rápida desvalorização do real frente ao dólar ”.
Já a International Paper, outra empresa que tem um considerável poder de monopólio do mercado no país, reajustou seus produtos em 7%, afirmando, com a desculpa de ter sofrido com a pressão inflacionária. Mas a principal desculpa é de que com a pandemia aumentou a busca por outros produtos feitos com celulose, como embalagens e papelão, lembrando que a demanda nas gráficas está alta, devido a um mercado editorial reaquecido Sendo esta manobra de aumento do papel e consequentemente dos livros, uma estratégia da alta burguesia para dificultar o acesso a cultura da classe trabalhadora e arrancar mais dinheiro daqueles que querem adquirir os conteúdos disponíveis a venda.
Por enquanto, ainda não estamos vendo a queima de livros em praças públicas, mas mesmo assim a hipótese não pode ser descartada no atual contexto em que o Brasil vive. Mas a inexistência de fogueiras, não significa muita coisa, pois o medo dos livros, e de tudo que eles podem oferecer, se apresenta todos os dias pela direita. Enfim, desde que esse governo ilegítimo e fascista de Bolsonaro assumiu, o acesso à cultura definha.
Isso mostra os problemas enfrentados pela classe trabalhadora com a pandemia, que na verdade o grande e principal problema é a inércia do regime político fascista em questão, que ameaça o campo da cultura. Sendo essa inércia proposital, pois o interesse da direita é a economia, não é ajudar o povo brasileiro em geral, incluindo o setor cultural, mas sim o interesse dos bancos e da alta burguesia. Deixando que as pessoas morram da doença ou de fome, nesse governo descaradamente assassino.