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Novo auxílio emergencial não compra nem comida

Maioria receberá auxílio de R$150, que não compra nem comida

Com o novo valor e novas regras do "benefício", a única certeza é o caos, a miséria e a morte

O governo fascista de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes promulgou na segunda-feira (15/03), com aval do Congresso Nacional, a emenda constitucional que “recria” o auxílio emergencial.

Num ato de completo escárnio para com o povo brasileiro desesperado, cada dia mais miserável, e morrendo como moscas pelo total descontrole da pandemia do coronavírus, cortou o valor do pagamento e restringiu ainda mais o numero de beneficiários.

No novo e genocida auxílio emergencial, praticamente metade dos que conseguirão se enquadrar nas novas regras se encaixam na categoria de família unipessoal, e receberão o inacreditável valor de R$150,00 por mês, durante apenas quatro meses. Simplesmente um quarto do valor completamente insuficiente de R$600,00 que foi pago no ano passado. Metade da metade. Vinte e cinco porcento.

Como se não bastasse, na nova versão do “programa”, ao invés do máximo de duas pessoas por família, apenas uma pessoa poderá receber o valor miserável proposto pelos carrascos do povo. Em caso de família com mais de uma pessoa em que a mãe não seja a “chefe da família”, apenas uma delas poderá receber o valor grotesco de R$250,00. Isso significa que, por exemplo, uma família de doze pessoas terá o misericordioso direito de receber o valor total de duzentos e cinquenta reais mensais supostamente para não morrer de fome, coisa que qualquer brasileiro tem absoluta certeza que não poderia ser missão mais impossível.

Para famílias em que a mãe exerce o chamado papel de chefe, o valor mensal é de R$375,00, sem que nenhum dos filhos tenha direito de receber mais um centavo sequer do governo. Uma verdadeira política de extermínio.

Segundo os dados apurados, 46 milhões de famílias poderão receber o chamado “benefício”. 20 milhões de pessoas (43% dos 46 milhões das contas que receberão o auxílio) se enquadram na categoria unifamiliar, recebendo R$150,00 por mês. Outras 16,7 milhões de famílias se enquadram na categoria de mais de um integrante, recebendo R$250,00 mensais para dividir entre os integrantes, sejam dois ou quantos forem. O restante serão 9,3 milhões de mulheres que receberão R$375,00 mensalmente para manter vivos seus filhos, independente de quantos sejam. Nada poderia ser mais sádico e doentio.

Não carece lembrar que o Brasil hoje é composto por aproximadamente 220 milhões de habitantes. A cesta básica em São Paulo está custando em 2021 aproximadamente R$654,15. Além do desemprego generalizado, a inflação vem aumentando espantosamente a carestia, com alta não só nos preços dos alimentos, mas dos combustíveis, dos transportes coletivos, alugueis, gás de cozinha, contas de água e luz, entre outros gastos que vem sugando a renda dos brasileiros.

Graças à Lava Jato e aos golpistas de 2016, o Brasil retornou ao mapa mundial da fome, a situação econômica e social só vem piorando a cada dia, a direita se apoderou do poder político do estado, e temos hoje um governo genocida completamente entregue aos interesses do imperialismo. A pandemia do coronavírus está totalmente fora de controle, não existe previsão para vacinação em massa, e agora o auxílio emergencial que já era irrisório virou uma verdadeira chanchada. Estamos nos aproximando dos 300 mil mortos e batendo recordes de mortalidade diária praticamente todo dia.

É preciso reagir a essa situação. A esquerda, os movimentos populares, as organizações da classe trabalhadora, devem tomar a dianteira e impulsionar a mobilização nas ruas. A população de diversos países vem demonstrando na prática que a solução para o problema dos desmandos da politica direitista só pode vir da luta política das massas. É preciso combater a política de extermínio dos governos direitistas por todos os meios necessários. Não podemos mais permitir que o povo seja escravo dessa gente nefasta. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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