Durante sessão plenária do Senado nesta quarta-feira (24) pela tarde, Artur Lira, que havia se reunido com os presidentes dos outros Poderes pela manhã, disse que o Congresso pode lançar mão de “remédios políticos amargos”, “alguns, fatais” contra o que chamou de “espiral de erros” no combate à pandemia.
Sobre os tais “remédios políticos”, Lira não deu maiores detalhes e nem sequer mencionou impeachment, declarando que “Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas, frutos da autocrítica, do instinto de sobrevivência, da sabedoria, da inteligência emocional e da capacidade política”.
Sem dizer a quem exatamente se referia, o presidente do Senado também declarou que estava “apertando o sinal amarelo” e disse que fora do Senado estão sendo cometidos “erros primários, desnecessários e inúteis” por parte de governos, ao passo que afirmou que “não é justo descarregar toda a culpa de tudo no governo federal ou no presidente” e que não seria hora para “tensionamentos”.
Artur Lira ainda disse que abertura de comissões de inquérito no parlamento devem ser evitadas e sugeriu que o Senado, durante duas semanas, vote apenas temas referentes ao combate à pandemia de covid-19.