Julian Assange ficou conhecido por divulgar ao mundo as atrocidades no Iraque e no Afeganistão, casos flagrantes de espionagem e outras tantas coisas que deixaram o bueiro do imperialismo destampado até hoje. Há, no entanto, um segredo guardado sete chaves, razão pela qual o imperialismo decidiu persegui-lo de maneira implacável. Esse segredo está nas mãos do advogado de Assange e era uma espécie de garantia contra o assassinato do ativista: caso os Estados Unidos tentassem assassiná-lo, seu advogado traria à tona.
Notícias recentes mostraram que nem mesmo esse acordo os Estados Unidos pretendiam respeitar. Durante o governo de Donald Trump, armou-se uma operação para tentar colocar fim a vida de Julian Assange. Com isso, o segredo perdeu o sentido de permanecer segredo: é hora de o planeta conhecê-lo.
O maior segredo nas mãos de Assange, que fará o mundo virar pelo avesso, é que o Papa Francisco é muito mais pop do que os Engenheiros do Hawaii pensaram. Conforme demonstram os documentos obtidos por Assange, o Santo Padre é fã número 1 do canal Pio Onze, da maquiadora Sabrina Fernandez. Francisco não perde um único vídeo e contribui com mil e uma perguntas.
Por que isso seria tão escandaloso? Bom, porque, segundo o relatório de Assange, “o Papa Francisco não tem interesse real nos temas discutidos no canal. Trata-se apenas de um pretexto para que passe o dia ouvindo a voz da maquiadora”.
Isso mesmo, caro leitor! O Sumo Pontífice está apaixonado. Agora vai ficando claro porque Francisco parecia tão flexível com o casamento de padres…
O fato é que essa sua paixão secreta está influenciando diretamente as ideias e os discursos do Papa Francisco. Sabrina Fernandez, por exemplo, se diz ecossocialista. Como isso não entra em conflito com os pilares da política macabra da Igreja Católica, o Papa aderiu ao ecossocialismo e, em seus sermões, passou a falar em tartarugas e canudos.
Recentemente, ao tentar impressionar seu amor proibido, mostrando que sabe usar as redes sociais, o Santo Padre entrou numa enrascada. Já era tarde da noite, a seleção argentina tinha tomado uma lapada da seleção brasileira, e Francisco tinha comido uma cesta de hóstias com três garrafas de vinho. Bêbado, quando foi ao Twitter, saiu isso aqui:
“Não podemos ser indiferentes diante daqueles que passam fome, especialmente as crianças, quando pensamos em quanta comida é desperdiçada diariamente em muitas partes do mundo em meio àquilo que frequentemente é chamado de cultura do descarte”.
Até aí, tudo bem. Não podemos mesmo ser indiferentes à fome, mas isso não é provocado pela produção de Iphones — como acredita Sabrina Fernandez e o Papa —, mas sim pela existência de meia dúzia de parasitas que financiam o Vaticano e espoliam todos os povos do planeta. A isso, se chama imperialismo.
O bafo de cana do Santo Padre, no entanto, só deu para sentir a partir do próximo tweet:
“Há o desperdício de crianças que não queremos receber, com esta lei do aborto que as envia ao remetente e as mata diretamente. E hoje isto se tornou uma forma normal, uma prática muito feia e que é, realmente, assassinato”.
Entenderam? O grande problema da humanidade não são os capitalistas, são os Iphones e… o aborto, é claro! Em vez de expropriar os bancos, os trabalhadores deveriam fazer celulares de canudo reciclado e reciclar as crianças, mesmo aquelas que serão colocadas em um mundo sem perspectiva alguma. Como reciclar crianças, não se sabe, mas, segundo o bolsonarista Olavo de Carvalho, a Pepsi é feita com restos de feto. Talvez seja a isso que o Papa se refere.
O fato é que as milhares de vítimas “descartadas” por todos os regimes de direita no mundo pouco incomodam o Papa Francisco. O golpe de Estado no Brasil, o golpe na Ucrânia, a existência de Israel, entre outros tantos crimes, não fazem parte da “cultura do descarte”.
Para quem não morre de amores por Sabrina Fernandez e acha que o progresso da humanidade é mais valioso que a dieta de uma tartaruga, é preciso ir no sentido oposto. O futuro da humanidade reside na mobilização dos trabalhadores, a classe mais progressista do planeta.
O que já passou do tempo de ser descartado, que já deveria ter sido superada desde a revolução francesa, é a Igreja Católica. Francisco se diz um “reformista” no interior da Igreja, e de fato tem posições mais progressistas que o seu antecessor. E é direito seu, bem como dos mais de um bilhão de católicos seguirem a religião que desejarem. O que deve ser atirado à lata do lixo é a Igreja enquanto uma entidade política — isto é, a Igreja que, por causa de suas opiniões malucas sobre o mundo, se arrogar no direito de pregar contra um direito fundamental da mulher.