Desde o golpe de estado dado pela direita neoliberal em 2016, vários setores essenciais para o funcionamento da sociedade vêm sendo atacados em prol dos desejos da burguesia serviçal dos grandes monopólios imperialistas.
Um dos exemplos mais significativos desses ataques são os vários cortes que ocorreram e ocorrem na área da educação pública, em um direito básico como o direito ao estudo vem sendo destruído pela burguesia golpista. Tudo isso para favorecer as grandes corporações, como no caso do ensino remoto, que serve apenas para sucatear o ensino público e gerar lucro para os monopólios das tecnologias informacionais, comunicacionais e de conectividade.
Recentemente, o Ministério da Educação (MEC), aparelhado pelo governo golpista, realizou um corte que ao longo de 2021 deve tirar cerca de 994,6 milhões dos recursos da área educacional.
No Mato Grosso do Sul, serão cerca de 140 milhões a menos que o previsto no orçamento destinado ao Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS), à Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e à Universidade Federal de Grande Dourados.
Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o corte de quase um bilhão realizado pelo MEC inclui 17,5% das despesas “não obrigatórias”.
Apesar do nome, esses tais gastos “não obrigatórios” incluem contas de água, luz, internet, manutenção e auxílios estudantis, serviços que são obrigatórios, na verdade.
Na UFMS, o corte reduziu a verba em cerca de 18% em relação ao ano passado.
O que ocorre na UFMS é mais uma amostra da situação que tomou conta das várias universidades federais, institutos federais e escolas públicas que vêm sofrendo com os vários ataques realizados contra o setor educacional.
O corte realizado pelo MEC demonstra mais um aprofundamento do golpe de estado, que procura sucatear o ensino público para satisfazer o interesse dos banqueiros e neoliberais que possuem instituições de ensino privadas.
O que o Governo Federal procura fazer é sucatear o ensino público até a sua destruição por completo.
É necessário uma mobilização de toda a comunidade acadêmica! Professores, estudantes e técnicos se organizando contra os ataques que os golpistas deflagram sobre o setor educacional.
Responder à altura é a única via de luta possível na atual etapa do golpe de estado, é preciso decretar uma greve dos professores, estudantes e técnicos contra o desmonte do ensino público. Os estudantes, nesse sentido, servirão como alavanca de tal mobilização, tendo em vista que são o setor mais radicalizado e que deve impulsionar imediatamente uma greve contra o fim do ensino público. Somente assim os golpistas entenderão o recado de que basta de sucateamento.