O modelo neoliberal de privatizações e saque das riquezas do Brasil promovido pela burguesia está a todo vapor no País, que poderá caminhar para uma situação de terra arrasada, cujo patrimônio restante será explorado pelo capital financeiro internacional.
Segundo o relatório da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), com mais de 1600 projetos analisados em saneamento, logística, energia etc., os setores de transporte e saneamento devem receber, até 2026, cerca de R$ 160 bilhões em investimentos. O retorno dessa bagatela gasta pela iniciativa privada será bem maior a longo prazo. Esse lucro deveria ser do Estado sob administração popular, a fim de que o capital tivesse um destino social em diversos setores essenciais da sociedade para beneficiar a população, ao contrário do que ocorre no contexto atual.
Desses projetos analisados pela Abdib, 1.160 são relacionados à exploração de petróleo e gás ofertados pela União, que também está oferecendo em leilão, ou melhor, entregando, 10 projetos na área ferroviária, 40 em aeroportos federais, 34 em terminais portuários e 28 rodoviários.
Em 2022, o governo federal deve desestatizar os portos de Santos, Vitória, Salvador, São Sebastião e Itajaí, além de estabelecer concessões e parcerias público-privada que só favorecerão os grandes empresários-parasitas e sonegadores fiscais.
Os industriais e empresários golpistas continuarão pressionando a burguesia nacional para privatizar todos os grandes meios de produção do Brasil. Toda riqueza do País está sob ataque desse capital especulador e parasita.
Desde os anos 90, quando a Vale do Rio Doce, que tinha faturamento anual de R$ 2 bilhões na extração de minérios, fora privatizada por meros R$ 3,3 bilhões, a burguesia vem tentando implantar de vez esse projeto de desindustrialização e saques das riquezas do país. Para fortalecer seu projeto nefasto de entrega do patrimônio nacional, ela conta hoje com três candidatos-capachos – Jair Bolsonaro, Moro e João Doria – para tentar derrotar Lula e submeter toda a população a esse regime de fome e miséria.
Lula já sinalizou que não seguirá essa cartilha, pelo menos na política de preço da Petrobrás, nas privatizações e na aberração do teto de gastos. Por essas e outras sinalizações ele não terá apoio dessa burguesia que deu o golpe em Dilma Rousseff e deixou Lula preso por 580 dias preso.
A esquerda pequeno-burguesa, cujas ligações com o imperialismo estão cada dia mais explícitas, também precisa ser desmascarada, pois suas ligações são uma traição ao povo brasileiro diante dos ataques pelos quais vem passando. Não denunciar essa quinta-coluna na esquerda é um erro, é capitular diante do inimigo. Essa esquerda sabe que apenas Lula tem condições de enfrentar a burguesia, pois ele conta com grande apoio popular em defesa de seu governo. Alijá-lo da vitória nesse processo eleitoral é colaborar com a burguesia e fortalecê-la.
Enfim, parcerias público-privada, privatizações, concessões, falsos investimentos a curto prazo, são eufemismos para o roubo, saque, de nossa riqueza nacional, cujo fim nos levará a um regime de submissão, desemprego, fome e miséria, piorando o atual quadro social. Assegurar nossas estatais e expulsar esses capitalistas parasitas do Brasil é defender nossa soberania política e independência econômica.
Dia 12 de dezembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, todos devem comparecer ao ato nacional Fora Bolsonaro – Lula Presidente para lutar contra esse e outros projetos reacionários da burguesia que atrasarão o desenvolvimento do País.