Na manhã da sexta-feira, 8 de outubro, o fascista Henry Silva fez a transmissão ao vivo em seu Facebook “PCO OFENDENDO BOLSONARO e moradores chamei a Polícia Militar mais uma vez para acabar com isso”.
Henry, um militante bolsonarista e desempregado crônico que faz bico como motorista de Uber para sobreviver, dizia na transmissão que havia chamado a Polícia Militar contra militantes do Partido da Causa Operária (PCO) que faziam trabalho político nos bairros de Araraquara pelas campanhas Fora Bolsonaro e Lula Presidente.
É verdadeiro que os militantes do Partido da Causa Operária fazem trabalho cotidiano nos diversos bairros da cidade (Lupo, Vila Xavier, Santa Angelina, Quitandinha, Jd. Universal, Selmi Dei, Centro, Suconasa, Melhado, Jd. Imperador, Uirapuru, Vale do Sol, Martinez, Vila Sedenho, Carmo, Parque São Paulo, Jd. Botânico) e batem de casa em casa para conversar com a população. Inclusive, nesta semana, foi feito um trabalho de venda do Jornal Causa Operária e distribuição de panfletos no bairro operário Maria Luisa, onde se conversou com os moradores e se verificou uma abundância de relatos sobre a deterioração das condições de vida e, acima de tudo, apoio total à campanha Fora Bolsonaro.
Contudo, especificamente na manhã desta sexta-feira, 8 de outubro, não havia militantes do PCO fazendo trabalho nos bairros de Araraquara, pelo simples motivo de que todos estavam trabalhando. Henry Silva montou uma encenação para se aparecer nas redes sociais. Não é verdade que ele seguiu os militantes e nem que chamou a Polícia Militar. Simplesmente, ele enganou seus seguidores e criou uma situação farsesca para ganhar projeção (política). Basta verificar nas redes sociais que não há foto ou vídeo do suposto ocorrido. Como aprendiz de político burguês, Henry Silva está aprendendo a mentir, falsificar e enganar, em primeiro lugar seus seguidores, tal como Jair Bolsonaro quando diz que não pode fazer nada em relação à inflação dos preços dos combustíveis e alimentos. Falta-lhe muito nessa arte, porém a encenação grotesca demonstra que está no caminho certo.
Não é segredo que Henry Silva aspira subir na vida. Como o “fascismo também é uma carreira”, o motorista de Uber desempregado e também vítima – ironia da História – da política neoliberal de Jair Bolsonaro, que ele apoia ferozmente, quer um lugar ao sol na burocracia do Estado capitalista. O golpe de publicidade contra seus próprios seguidores tem esse objetivo: dar-lhe projeção e torná-lo apto a conseguir um cargo no Estado por indicação política de algum partido de extrema-direita bolsonarista, seja em Araraquara, São Paulo ou Brasília. Ele quer aparecer como um cruzado na luta contra a esquerda e o comunismo, quer montar um currículo político para conseguir um novo emprego público, já que aparentemente não tem as qualidades para se beneficiar da meritocracia que tanto defende.
Cabe destacar que Henry Silva é parte da escória social capturada pelo fascismo, uma verdadeira “poeira da Humanidade”, aterrorizada e posta para defender os responsáveis pela sua própria miséria. No vídeo-farsa, ele ainda diz que não vai aceitar a campanha Fora Bolsonaro e Lula Presidente na cidade, agindo como se fosse um membro do DOI-CODI ou do DOPS da época da ditadura militar. Falta a Henry os instrumentos dos órgãos de repressão política, como o pau de arara, cadeira do dragão, um porão recheado de sádicos torturadores, estupradores, assassinos e um bom forno para incinerar corpos de militantes de esquerda. Seus xingamentos e ameaças ao PCO são expressão da sua própria impotência, pois Araraquara se destaca por contínuas mobilizações de rua pelo Fora Bolsonaro.
Dificilmente Henry Silva teria coragem de perseguir os militantes do PCO no bairro Maria Luiza ou em qualquer outro bairro operário, local onde vive a população pobre e esmagada pela opressão capitalista, vítima de todos os tipos de arbitrariedades pelas forças de repressão do Estado. Recentemente, na transmissão “Você sem emprego e bandido com emprego?”, realizada no dia 29 de setembro, Henry atacou o prefeito Edinho Silva (PT) por causa de um programa de reintegração social e emprego para a população carcerária da cidade. Segundo ele, os presos devem trabalhar à força para cobrir seus custos nas penitenciárias, o que significaria transformá-las de vez em campos de concentração e trabalhos forçados, muito similares aos campos de concentração nazistas. Poderia Henry Silva chegar no Maria Luiza e defender para os familiares dos presos que seus entes queridos deveriam ser submetidos a trabalhos forçados?
É preciso que fique claro que a transmissão do dia 8 de outubro não passou de um golpe de publicidade para que o fascista se projete politicamente. Ele quer a famigerada “mamata” no Estado capitalista, tal como seu antecessor, Rodrigo Ribeiro, que se tornou assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PTB). Ambos se destacam nos ataques ao governo Edinho Silva e ao Partido dos Trabalhadores e na perseguição sistemática a estudantes, professores e militantes de esquerda da cidade. Pelo que se observa, ser um perseguidor profissional, defender a tortura, trabalhos forçados, a ditadura militar, miséria para o povo e pedir o extermínio da esquerda são atributos muito apreciados para conseguir um cargo no aparelho do Estado pela via da extrema-direita.