Para tentar conter a greve dos metroviários no Distrito Federal, o Metrô-DF se esforça para aumentar as imposições ditatoriais sobre os trabalhadores. Entretanto, o pedido para aumentar o número mínimo da circulação de trens foi negado pelo TRT. A mobilização dos trabalhadores é parte essencial na luta contra a privatização do Metrô e pela defesa de todos os patrimônios públicos dos trabalhadores.
No dia 16 de Abril, três dias antes da greve dos metroviários no DF, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os funcionários devem garantir, mesmo que em greve, o funcionamento de 60% dos trens no horário de pico, e 40% dos trens no restante do dia. A decisão representa uma perseguição criminosa ao direito de greve dos trabalhadores, porém, mesmo assim, o Metrô-DF já requisitou 2 vezes a revisão dos números, exigindo o aumento dos percentuais. Nesta quinta-feira, pressionado pela mobilização operária, o desembargador Brasilino Santos Ramos, do TRT-10, negou o pedido.
Até a data desta edição, os trabalhadores estão em seu 7° dia de greve devido à recusa da empresa em garantir no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) benefícios econômicos e sociais conquistados com muita luta desde 2019. O governo propõe que os trabalhadores percam direitos históricos como o ticket de alimentação e o plano de saúde, além disso, a empresa também planeja a Previdência dos funcionários, como denunciou a diretora de administração do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô), Renata Campos.
A categoria pretende, ao contrário da empresa, acionar o TRT para tentar reduzir o percentual de funcionamento obrigatório de 60% nos horários de pico para 30% do quadro funcional. Mesmo assim, para a vitória da greve e dos trabalhadores, será necessário uma luta radical contra as instituições golpistas e seu programa neoliberal.
Todos os ataques, somados à intransigência do governo em retirar os direitos dos trabalhadores são, precisamente, uma política para preparar a privatização do Metrô, assim como de outras estatais. Recentemente, no DF, o governador Ibaneis entregou diversos patrimônios públicos, entre eles, a CEB (Companhia Energética de Brasília), uma das empresas mais lucrativas da cidade, pela metade do seu valor de mercado. O Metrô do DF e a Companhia de Saneamento Ambiental (CAESB) já foram anunciados a abertura do capital.
O projeto dos golpistas não é apenas economizar em algumas negociações com o sindicato, e sim, destruir tudo que é público para beneficiar um punhado de capitalistas às custas dos trabalhadores. A retirada dos direitos dos trabalhadores do Metrô faz parte dessa ofensiva genocida dos golpistas.
Por isso, os metroviários do DF, em conjunto com outras categorias de trabalhadores públicos do DF, também alvejados por Ibaneis e seus aliados, devem radicalizar o movimento na luta por uma ampla mobilização contra mais este ataque. Todos os trens devem ser paralisados, e os esforços devem ser para organizar uma greve geral e operária contra Bolsonaro, Ibaneis e todos os golpistas!