A privatização da Eletrobrás vem fechar o processo de destruição da estatal que durante décadas sustentou o fornecimento de energia para o norte e nordeste do país.
Depois de sucatearem a empresas durante os governos Sarney, Collor, Fernando Henrique Cardoso, agora entregaram o cerne da produção brasileira, ou seja, as próprias usinas geradoras de energia e suas linhas de transmissão.
O destino do patrimônio público na mão dos vampiros capitalistas será o de lucrar a custa dos brasileiros, aproveitando um recurso natural abundante no Brasil, a água.
Segundo estudos feitos pela Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobrás – AESEL o impacto na conta de luz dos brasileiros será de no mínimo 14% de aumento, podendo chegar a 21% ou mais.
Na contra mão de países como EUA, Canadá, Noruega, China, Rússia, Índia, África do Sul, dentre outros, que não abrem mão do controle do setor energético, sabendo que não podem entregar o setor estratégico na mão de capitalistas cujo único objetivo é o lucro.
Além do mais a privatização prevê que os consumidores residenciais arcarão com parte do custo da venda da Eletrobrás para as empresas privadas, ou seja, os mais pobres suportaram o aumento da energia para os mais ricos.
A Medida Provisória n° 1.031 editada pelo golpista Jair Bolsonaro, que durante sua campanha havia prometido não privatizar a Eletrobrás, houve quem acreditasse, previu um valor de 3,5 bilhões de reais para revitalização do Rio São Francisco ao longo de 10 anos, mas estudos técnicos mostram que são necessários ao menos 12,5 bilhões de reais em prazo muito menor.
Além dos malefícios já listados temos ainda que o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) receberá recursos apenas por mais 3 anos, depois desse prazo provavelmente será extinto. O dano para a pesquisa no setor elétrico será irreparável, ficando a cargo das empresas compradoras da Eletrobrás determinar o que é relevante para o Brasil, e não o povo. Inclusive, risco atual de apagão pode ser creditado a depredação das empresas estatais e do meio ambiente.
Tabela resumo dos preços da MP 1.031 de privatização da Eletrobrás
| Ano 2022 até 2029 | Ano 2030 até 2051 | |||
| Preço da energia (R$/ MWh) | Impacto no preço (%) | Preço da energia (R$/ MWh) | Impacto no preço (%) | |
| Eletrobrás pública | 93 | – | 93 | – |
| Eletrobrás privada | 155 | 67% | 167 | 80% |





