Após resistência, greve e protestos de trabalhadores da educação, milhares de casos de contaminação e 51 mortes causadas pelo novo coronavírus na volta às aulas, o governador golpista João Doria (PSDB), também conhecido como Palhaço Tucano Assassino anunciou nesta quarta-feira (24) a vacinação contra a covid-19 para professores e outros trabalhadores da educação pública e privada.
Na primeira etapa, porém, somente profissionais da área a partir de 47 anos serão vacinados, a partir de 12 de abril. Isso representa cerca de 350 mil dos mais de 1 milhão de pessoas nessa categoria profissional. Antes deles, os profissionais da segurança pública começarão a ser vacinados no dia 5 de abril.
O governo genocida de Doria havia negado a vacinação aos professores inicialmente, argumentando cinicamente que isso não poderia ser uma condição para a volta às aulas. No entanto, em um mês, a realidade mostrou que a política direitista não poderia se sustentar: as escolas registraram 4.084 casos confirmados e 24.345 casos suspeitos de covid-19.
Nesse sentido, além da pressão que o aumento de contágios e mortes causam, há também a chamada ”gestão de crise” do governo. Quando estão morrendo centenas de milhares de pessoas, e percebe-se que em relação à pandemia do coronavírus absolutamente nada foi feito, nenhum confinamento, políticas demagógicas que não resolvem nada, é quando a polarização política aumenta ainda mais, ameaçando a burguesia.
Doria, que foi uma grande aposta no começo da burguesia, como o verdadeiro representante da “direita científica”, apoiaram uma ideia de que a vacina deveria ser obrigatória inclusive, prontos para forçar o povo a tomar a vacina. Mas agora que não tem a vacina, inclusive para os professores e trabalhadores da educação, não se fala das vacinas.
João Doria forçou a volta às aulas, depois de tantas mortes nas escolas começou a fazer demagogia com a vacinação dos professores. Não adianta vacinar só os trabalhadores da educação e não os estudantes. Finalmente, para volta as aulas tem que vacinar toda a população, caso contrário não pode voltar até o fim da pandemia.