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Pandemia

Frigoríficos: patrões querem mais mutilações e morte de operários

Com centena de milhares de trabalhadores contaminados pelo COVID-19, governo faz demagogia sobre proteção e segurança do trabalho, as quais foram retiradas em 2019

Os trabalhadores em frigoríficos, que mais sofrem diante das péssimas condições de trabalho no país, correm sério risco de terem essa situação aumentada exponencialmente pelos patrões e pela política do governo golpista de Jair Bolsonaro.

Os donos de frigoríficos, os principais responsáveis por mais de 250 mil trabalhadores contaminados pelo COVID-19 até hoje, não satisfeitos com tamanha tragédia, resolveram que toda e qualquer legislação, as quais nunca respeitaram na prática, sejam extintas. O objetivo é de que os trabalhadores possam ser mutilados, mortos em que tenham que se enfrentar com “aborrecimentos” com a justiça.

A sugestão feita pelos donos de frigoríficos, do setor de abate e processamento de carnes e derivados, ao governo Bolsonaro, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, se refere a uma série de mudanças na Norma Regulamentadora (NR) 36, que estabelece protocolos de saúde e segurança para os trabalhadores de frigoríficos.

A argumentação dos escravistas, donos dos frigoríficos é de que há “excesso de burocracia”, “insegurança jurídica” e “aumento dos custos na operação” para reduzir os direitos e garantias trabalhistas.

Os patrões de frigoríficos agem como verdadeiros criminosos no que se refere às questões de proteção e segurança, sendo esse setor industrial que, de longe, ocorre mais acidentes e doenças ocupacionais.

Em 2011, devido ao levantamento realizado nos frigoríficos, em todos os seus ramos de atividades, mostrando a situação catastrófica no setor, resultou em um documentário. Desde aquele período, mesmo com a criação de uma norma regulamentadora para o setor, as condições de trabalho pioraram extremamente. No entanto, o procurador do Trabalho Lincoln Roberto, integrante do projeto nacional de adequação do trabalho em frigoríficos do Ministério Público do Trabalho (MPT) é capaz de dizer que, “em geral, as grandes empresas do setor já abarcaram os parâmetros da NR 36 em seus estabelecimentos e na execução de suas atividades, buscando ativamente seu cumprimento”.

Continua o procurador Lincoln Roberto: “é inconcebível que, no momento da pior crise sanitária da história, os trabalhadores dos frigoríficos, qualificados como essenciais e que continuaram normalmente seu labor para garantir a abastecimento de alimentos à sociedade, tenham retirados quaisquer direitos”.

Regime de escravidão

Nunca é demais lembrar que diante da tragédia anunciada da pandemia do coronavírus, os golpistas do Executivo abriram mão de qualquer segurança e proteção aos trabalhadores, procurando extinguir toda e qualquer fiscalização no setor, deixando os trabalhadores nas mãos dos patrões.

O fascista Bolsonaro, como fez com a extinção das Normas Regulamentadoras 1, 2 e 12, quer fazer o mesmo com a NR 36, por ter “insegurança jurídica”, e ser “burocrática”, está fazendo demagogia com empresários, extinguindo uma norma regulamentadora que foi feita para inglês ver.

A revisão deve ocorrer em plena pandemia de COVID-19, que fez disparar a lucratividade do setor e, em paralelo, os riscos de adoecimento. Ou seja, reina o cinismo e demagogia em um governo de golpistas. É preciso por para fora Bolsonaro. Formar uma frente de luta e se unificar entorno da candidatura Lula.

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