Nesta segunda-feira, dia 11 de janeiro de 2021, a Frente Nacional de Luta – Por Terra, Trabalho e Liberdade (FNL) iniciou mais uma Jornada Nacional de Lutas. A iniciativa ocorre simultaneamente em 13 estados da federação com atividades em diversas frentes.
A Jornada Nacional de Luta
A FNL reivindica a desapropriação de terras para a realização da Reforma Agrária, moradia, uma política pública de combate à fome e o desemprego. Nessa jornada nacional, como nas anteriores, a organização iniciou uma série de mobilizações em várias frentes, como manifestações públicas, fechamento de rodovias e ocupação de terras, rurais e urbanas, em diversas partes do país. As atividades iniciais ocorreram em 13 dos 26 estados da união, demonstrando uma ampla distribuição do movimento pelo território nacional.
Urgência da reforma agrária
Neste momento, a situação política e econômica traz à tona com urgência a pauta da reforma agrária. A repressão crescente no campo a cada dia toma proporções alarmantes, colocando de forma indispensável a necessidade de organização e mobilização do trabalhador do campo contra o latifúndio.
O avanço da luta no campo neste momento passa necessariamente pela organização da autodefesa contra a extrema-direita, agrupada detrás do governo golpista de Bolsonaro. A política dos golpistas vêm aprofundando a níveis abissais os ataques aos trabalhadores do campo, inaugurando uma era de massacres muito semelhantes ao do período FHC (PSDB) e à ditadura militar. Portanto, apenas a derrota do golpe de Estado, com uma campanha pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, pode reverter essa situação.
Caminho para derrotar os golpistas
Essa Jornada Nacional de Luta da FNL segue no caminho certo da mobilização necessária para derrotar o governo Bolsonaro. Apenas com mobilização, organização e unidade dos trabalhadores do campo e da cidade, os golpistas serão derrotados.
Com os trabalhadores ocupando fábricas, realizando assentamentos no campo, tomando de volta as ruas, que o golpe de Estado será derrotado. Ou seja, através da unidade na luta, em mobilizações, greves, ocupações, enfrentamentos com a direita e a extrema-direita, é que os trabalhadores se unificarão contra o regime.
O cretinismo parlamentar praticado pela esquerda pequeno-burguesa é justamente o oposto de uma jornada de lutas ou da luta em qualquer sentido. Na realidade, o Congresso é o maior cemitério de lutas populares que há no País, é lá onde foram sepultados pela direita e pela esquerda pequeno-burguesa as reivindicações dos movimentos populares.
Neste sentido, a Jornada Nacional de Lutas por moradia, terra e por um programa para os trabalhadores do campo e da cidade é um exemplo do que deve ser feito, uma forma de combater na prática a política de substituir as lutas populares por manobras parlamentares.