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Inimigo dos Latino Americanos

Diretor de Biden para a América Latina defende muro com o México

Seguindo a política identitária Biden escolhe um colombiano golpistas, que trabalhou no governo Obama, para oprimir os latinos dentro dos EUA e todos os países da América Latina

O senhor da guerra Joe Biden decidiu mais um nome para o seu secretariado ultra reacionário composto pelos mais notórios golpistas e defensores das guerras encontrados nos EUA. O colombiano Juan Sebastián González foi indicado a um cargo dentro do Conselho de Segurança Nacional, principal órgão do poder executivo que lida com a política externa, ele será o diretor sênior para o Hemisfério Ocidental, ou seja, será o homem encarregado de destruir completamente a América Latina em defesa dos lucros da burguesia imperialista. Biden mostra novamente que seu governo esta completamente a serviço dos principais e mais fortes setores do imperialismo.

González apesar de nascido na Colômbia é uma lacaio do imperialismo, ao estilo do golpista venezuelano Juan Guaidó, seu país natal é a maior colonia dos EUA na América do Sul e bastião da política reacionária em todo o continente. Não só isso como ele cresceu nos EUA, na cidade de Nova York se graduando na Universidade de Georgetown, participou das Forças de Paz na Guatemala, uma intervenção imperialista para manter o regime da direita após o fim da guerra civil de 36 que se iniciou com o desenvolvimento da ditadura militar imposta pela CIA em 1954. Gonzaléz também foi assessor de Biden para assuntos da América latina quando ele era vice presidente e organizava os golpes de Estado como o de 2016 que derrubou a presidenta Dilma.

O histórico do novo secretário já é o suficiente para mostrar o quão agressiva será a política de Biden na América Latina contudo após analisar as suas declarações o quadro aparenta ser ainda pior. Sobre o México ele basicamente tem a mesma política de Trump, defende a criação de um grande muro para impedir a imigração da população de miseráveis desesperados criados pelas interferências dos EUA nos países da América Central, como Honduras onde houve um golpe de Estado em 2009, durante o governo Obama-Biden.

Além disso ele afirmou que deve haver outros enfoques contra a imigração, isto é, se deve aumentar a repressão interna nos EUA e as deportações, seguindo o estilo do que foi aplicado no governo Trump, com crianças sendo encarceradas em jaulas e separadas de suas famílias. Apesar de apresentar a mesma política do atual presidente republicano dos EUA Gonzaléz diz defender os direitos humanos e que por isso por 100 estarão suspensas as deportações, restarão apenas 1361 dias de seres humanos a procura de refugio da destruição imperialistas sendo violentamente despejados para fora dos EUA.

Em relação a Venezuela, principal foco golpista do imperialismo por ter o único governo nacionalista não derrubado na América do Sul e as maiores reservas de petróleo do mundo, ele reafirma a calunia da imprensa burguesa de que Maduro é um grande ditador e que propositalmente gera a fome no país. Aqui vale lembrar que na Venezuela até agora 1061 faleceram devido ao Covid-19 enquanto nos EUA, “a grande democracia”, o número de mortos passa de 375.000.

Gonzaléz apoia as sanções monstruosas que impedem a entrada de recursos e até remédios, o que piora de maneira imensurável a vida da classe trabalhadora venezuelana, mas afirma cinicamente que também é preciso uma “estrategia diplomática” e um dialogo maior com a oposição golpista. Ele termina sua constatação ultrapassando o absurdo com a frase “Já basta do uso do diálogo por Maduro como uma tática para delongar e consolidar o poder.” Para Biden os líderes nacionalistas não tem nem o direito de se comunicar.

Quando abordou o assunto Argentina ele nem tentou esconder qual será a política de Biden, afirmou que é necessário voltar ao período pŕe Kirchner quando a esmagadora maioria da população vivia na miséria e o país era um escravo do FMI, período sobre qual ele se referiu com as seguintes palavras: “bons amigos que eramos o Estados Unidos e a Argentina, que era quase um país que assessorava os EUA”. Dentro da atual conjuntura golpista na América Latina, que de forma alguma terminou, visto que ela foi iniciada durante o próprio governo Obama-Biden, as declarações do novo secretário são extremamente preocupantes.

Sobre o Brasil as declarações de Gonzalez são muito reveladoras, “a importância estratégica do Brasil para os Estados Unidos vai mais além de quem esta no poder”, o que importa é que o regime entreguista de destruição nacional se mantenha. Apesar do anuncio de que não há uma oposição real ao fascista Bolsonaro, o que não deveria surpreender ninguém, isso não significa que um candidato do centrão não seja de sua preferencia, por isso ele também declarou que é necessário “valores e entendimentos compartilhados: a mudança climática é real e a necessidade de atuar é urgente, as instituições democráticas e os direitos humanos se respeitam e a corrupção não se tolera.” Fica claro que é um ataque indireto a Bolsonaro em defesa daqueles que organizaram o golpe de 2016 com o próprio Biden, com destaque para o PSDB, que é quase uma seção do partido Democrático no Brasil.

Esta mais que evidente que a política de Biden para a América Latina foi e sera pior do que a de Trump, o que já podia ser concluído ao se analisar quais são as forças políticas por detrás do novo presidente. Por fim aqui vale citar um ultimo ponto, o governo Biden mais uma vez explicita o ápice da política identitária, uma das principais armas ideológicas do imperialismo. Foi escolhido um colombiano ao cargo daquele que será um dos maiores inimigos da população latina dentro dos EUA, da própria população da Colômbia, que vive sob um governo fascista apoiado por Biden, e de todos os povos da América Latina que estão sob a mira de um grande falcão imperialista. A luta real não é identitária e sim a luta de classes, da classe operária de todos os países latino americanos e do mundo contra o imperialismo que tem como Biden seu maior representante.

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