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Genocídio programado

Direita quer matar alunos com volta às aulas em 15 estados

Sob a pressão dos capitalistas, pelo menos 15 redes públicas estaduais já têm previsão de retomada das atividades presenciais.

Com um saldo de aproximadamente 200 mil mortos, a direita pretende ignorar a situação da pandemia e ampliar o número de mortos com a volta às aulas. Para a burguesia, tudo é uma questão de negócio. E, como todas as mercadorias, se não há circulação, não há retorno do capital investido. Assim, sob a pressão dos capitalistas, pelo menos 15 redes públicas estaduais já têm previsão de retomada das atividades presenciais. O retorno, portanto, deve se dar entre os meses de janeiro e março.

Os estados de São Paulo, Paraná e Goiás já têm data para o retorno e são apenas alguns que pretendem avançar com a medida genocida. No caso do Amapá e do Pará a situação não é muito diferente, resta-lhes apenas definir as datas. À medida em que os números dão conta da crise sanitária em que o país se encontra, a direita, como sempre, utiliza-se da demagogia para impor seus interesses, ou melhor – os interesses dos capitalistas. Dada a situação crítica em que o país se encontra, fica cada vez mais difícil esconder a catástrofe que se desenvolve com a pandemia. No entanto, sob o disfarce do modelo “híbrido”, as aulas devem voltar em uma “mescla entre atividades a distância e presenciais”. Ao menos é o que diz um dos porta-vozes dos capitalistas, no sítio uol, nesta terça-feira, 5. Contudo, mesmo lançando o modelo híbrido como fator de impulsão da volta às aulas, sabe-se que o Distrito Federal e outros quatro estados ainda não definiram se o modelo será híbrido ou totalmente presencial. Em suma, trata-se de um estratagema para que a volta às aulas seja concretizada, seja de uma forma ou de outra.

O plano, no que lhe concerne, dará prioridade a estudantes de determinadas séries ou será realizado em esquema de rodízio entre os alunos, avaliando-se a “necessidade” de cada estado. Em Goiás, por exemplo, o retorno às aulas será em 25 de janeiro, em sistema de rodízio, com ocupação de 30% da capacidade das escolas. Segundo a secretaria de Educação do estado, num primeiro momento, o retorno priorizará os alunos do 2º e do 3º ano do ensino médio, do 9º ano do ensino fundamental e os que não tiverem acesso à internet. No caso do Piauí, aprovou-se, em dezembro, um protocolo de retomada das aulas para as redes pública e privada de ensino. Sendo assim, a partir de 1º de janeiro, as escolas terão autonomia para definir as datas de retorno, desde que, por conta própria, apresentem um plano de medidas sanitárias a serem seguidas. Em São Paulo, sob a tutela da “direita civilizada”, o governador João Doria (PSDB), elaborou uma mudança nos critérios de reabertura das escolas; tudo, no fim das contas, para permitir que colégios públicos e particulares recebam seus alunos presencialmente até mesmo na pior fase da pandemia. Nesse caso, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, defendeu a abertura das escolas como prioridade e disse não ser possível vincular a vacinação contra a covid-19 com a volta às aulas. Em Alagoas, pode-se dizer que o posicionamento não foi diferente. Assim como o tucano Doria, o “centrão” em nada se diferencia dos bolsonaristas. Sob a direção do governador Renan Filho (MDB), a retomada será autorizada para a rede privada a partir de 21 de janeiro. Na rede pública estadual, o retorno deve acontecer em 1º de março. “Não dá mais para levarmos adiante a educação paralisada”, disse Renan Filho (MDB) em dezembro. Em Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro e no Distrito Federal já fora definido o calendário para o ano letivo. Todavia, ainda não há decisão sobre o formato dessa retomada. No caso do Rio de Janeiro, a previsão é que o retorno se dê em março.

Diante do posicionamento genocida da direita, é importante destacar que a retomada das aulas presenciais acontece com o País se aproximando – oficialmente – dos 200 mil mortos, o que caracteriza essa política como genocida, voltada aos interesses da burguesia e indiferente à tragédia que produzirá sobre a classe trabalhadora. Ademais, é mister salientar o papel dos “científicos” no impulso a esta política, servindo, como em todos os casos, de avalizadores da burguesia. Nesse sentido, é imperativo que haja um movimento nacional organizado, a ser liderado por estudantes, professores, funcionários e demais membros da comunidade escolar contra as reaberturas, pela suspensão do calendário escolar até que as condições de segurança sanitária sejam reais e confirmadas pelos setores envolvidos.

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