Com base na política direitista de ataque às condições de vida dos explorados, o prefeito da cidade de Assis Brasil, no interior do Acre, adotou uma política tipicamente fascista ao atacar os imigrantes, desativando os abrigos montados em escolas da cidade.
A cidade acreana já chegou a ter mais de 600 imigrantes. Em fevereiro, a Ponte da Integração, que liga Assis Brasil e Iñapari, no Peru, foi ocupada por mais de 300 imigrantes. Após intensos ataques por parte dos governos peruanos e brasileiro, nesta semana a cidade conta com apenas 30 imigrantes de nacionalidades africana, venezuelana, cubana e haitiana. Os estrangeiros estão na cidade para tentar deixar o Brasil usando o Acre como rota.
O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia que embora tenha sido eleito pelo Partido dos Trabalhadores para levar adiante uma política de defesa dos trabalhadores adotou uma política apoiada pelo próprio governo Bolsonaro de ataque aos imigrantes, o mesmo explica que após os conflitos na fronteira, muitos retornaram para outros estados brasileiros e outros conseguiram atravessar para o Peru usando outras rotas.
Seguindo uma política higienista, ou seja, ao invés de buscar resolver o problema da população, oferecendo emprego, condições para habitação, saúde, educação, empurra a população imigrante para um futuro incerto.
O prefeito da cidade alega que um abrigo começou a ser construído em gestões anteriores. Com a crise migratória em fevereiro, o governo federal destinou a migalha de R$ 600 mil para conclusão do local e custeio da alimentação dos estrangeiros.
“A ideia é a gente acolher por poucos dias, é uma casa de trânsito, não vamos acomodar por muitos dias para não voltar a ter um acúmulo de pessoas. É um abrigo de apoio, a gente alimenta, dá a dormida e articulamos juntos as autoridades para que sigam viagem.”
Apoiado pelo judiciário golpista, ainda segundo Correia, o abrigo foi construído também com doações do Ministério Público do Acre (MP-AC), organizações, igreja católica e o governo do Acre.
“Nosso grande objetivo era devolver as escolas que estavam servindo de abrigo para a comunidade escolar. Graças a Deus conseguimos, então, abrimos e estamos equipando aos poucos com móveis, eletrônicos, compramos mais ventiladores. O que tem lá já garante uma boa comodidade”, concluiu.
Ou seja, abrigos já existente foram fechados, com a justificativa de devolver a instalações para a comunidade, sem o mínimo de estrutura, os imigrantes são obrigados a voltar aos estados em que moravam ou seguir rumo ao seu país, enfrentando a repressão dos governos de direita, o desemprego e a fome.