Na última quinta feira (14) hospitais que tratavam de pessoas infectadas pelo Covid-19 na cidade de Manaus não conseguiram prover a assistência à pacientes com crise respiratória o problema mais marcante da doença e já conhecido desde o início da pandemia, ou seja, há quase um ano. Segundo relatos alguns pacientes morreram devido à falta de ar. Em alguns casos, os profissionais da saúde se revezam de vinte em vinte minutos na utilização de equipamentos chamados ambu ou bvm, aparelho de auxílio à respiração que tem de ser operado manualmente pelos profissionais. Um tipo de operação inviável de ser executada na rotina de um hospital nos atuais termos de pandemia devido ao fato de que requer uma pessoa o tempo todo operando o aparelho, tirando-a durante tempo indeterminado de outras inúmeras funções a serem feitas no hospital super lotado. Familiares de pacientes se viram na necessidade desesperada de comprar e levar tanques de oxigênio aos hospitais as próprias custas.
A situação crítica que demanda ainda mais esforços do já esgotados e escassos profissionais de saúde é uma prova incontestável do total despreparo que o governo encabeçado pela direita causou sobre uma pandemia que poderia ter sido contida com esforços básicos. Tanques de oxigênio são insumos elementares no funcionamento de hospitais mesmo antes do período da pandemia, no atual momento faltar com esse recurso torna a situação ainda mais grave. OS pacientes que sobrevivem à situação nestes hospitais ainda correm o risco de sofrerem sequelas cerebrais devido a falta de oxigenação mesmo que momentânea.
Governo sabia da escalada do problema na cidade
A situação em Manaus não consiste em uma surpresa. No dia 06/01 foi registrado o número alarmante de 110 sepultamentos, número muito próximo do recorde já registrado pela cidade em Abril do ano passado, quando foram realizados 140 sepultamentos em um único dia, chamando a atenção do país inteiro sobre o colapso que a cidade se encontrava. Manaus ainda foi uma das cidades a adotar mais arduamente a política genocida da direita de retorno presencial às aulas em meio à crise sanitária.
Venezuela fornecerá oxigênio e médicos
O Ministro das relações exteriores Jorge Arreaza afirmou neste sábado (16) que caminhões contendo cilindros de oxigênio estão a caminho. Os cilindros saem da fábrica estatal de Puerto Ordaz, a 1600 km de distância de Manaus.Arreaza afirmou ainda que 107 médicos, dentre eles venezuelanos e brasileiros, formados pela Escola Latino Americana de Medicina de Caracas, se ofereceram a prestar apoio. OS profissionais se apresentaram como “Brigada Simon Bolivar”, compondo a Associação dos Médicos Formados no Exterior. Estes que se encontram no Brasil atualmente, se dirigiram ao consulado venezuelano para prestar seu apoio, uma carta ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) foi enviada para declarar oficialmente a oferta.
A situação da cidade expõe um problema que a mídia burguesa vêm procurado manipular: A crise sanitária não está sobre controle. A reabertura do comércio e a tentativa de reabertura total das aulas, que contribuem para expor a população á contaminação diminuindo sua cautela e consciência sobre o problema, está agravando ainda mais o problema. Ambas medidas citadas se prestam a tentar salvar alguns capitalistas que lucram com o funcionamento destes serviços as custas do povo sobretudo pobre. É inviável crer que será possível continuar a sofrer com a pandemia sob a tutela de Bolsonaro e da direita, o povo deve derrubar o governo fascista e negar qualquer frente ampla que busque substituir Bolsonaro por políticos convencionais da burguesia como Luciano Huck, Dória, Ciro Gomes e etc.