A Central Única dos trabalhadores (CUT) juntamente com outras entidades, se reuniram na última terça-feira (05) para discutirem um plano de campanha de luta para este ano de 2021.
Conforme o documento apresentado na quarta-feira (06), cinco pontos foram traçados como bandeiras de luta. São eles: vacina já para todos e todas, manutenção do auxílio emergencial, proteção social, mais empregos, campanhas de solidariedade e fortalecimento da organização sindical e de negociação coletiva são os cinco eixos centrais da CUT e demais centrais sindicais para ação e mobilização unitária no ano de 2021.
O documento, no entanto, em nenhum momento fala da necessidade de tirar do poder o principal responsável por tamanho estado de coisas que o país está vivendo, que é o fascista Bolsonaro, bem como, dos golpistas do Congresso e dos patrões que o financiá-lo.
Ao invés disso, endossa toda a política implementada até agora, principalmente no período da pandemia, onde todas as medidas foram de salvaguardar os patrões, principalmente os grandes capitalistas e banqueiros.
O exemplo disso foram os mais de R$ 1,2 trilhões aos bancos e ao setor privado, enquanto, para os trabalhadores, bem como os mais de 14 milhões de desempregados, restaram medidas como o miserável auxilio esmola (emergencial), inicialmente de R$ 600,00, reduzido a R$ 300,00 até finalmente ser retirado de vez, bem como, a MP 936/2020 que reduziu os salários dos trabalhadores em até 75% de seu valor e suspendeu o contrato e, ao retornar ao emprego, grande parcela desses trabalhadores receberam como recompensa a demissão, como ocorreu na Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), assim como vários outros setores. O documento deixa bem nítido essa política.
Conforme vemos sobre o tema, o governo golpista de Bolsonaro está fazendo de tudo para que a população encontre o mais rapidamente possível, uma cova, diante de 200 mil mortos, e perto e oito milhões de contaminados, isso em dados oficiais, pois a realidade é bem outra. A situação mais crítica sobra para os trabalhadores e a população da periferia, os quais são os mais afetados.
No entanto, o fascista Bolsonaro que, nem é capaz de comprar seringas, juntamente com governadores e prefeitos, em todo o país, deixaram o conjunto da população à própria sorte, sem testes, sem hospitais para atendimento, leitos, etc., Esses mesmos, como consta do documento de que irão fazer parte de um esforço coordenado, incluindo o setor privado (diga-se hospitais privados) e os convênios, onde os que têm dinheiro serão beneficiados, em detrimento do conjunto da população, ao invés de utilizar diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS). É m descalabro total.
Substituir a luta nas ruas pelo parlamento
Diante da situação caótica vivida pelo conjunto dos trabalhadores e a população explorada, onde o desemprego impera, o documento não propõe, concretamente nenhuma mobilização desses milhões da população do país, ao contrário, vão dar especial atenção neste mês com o processo de eleição da presidência da Câmara dos Deputados e do Senado que ocorrerá no dia 1º de fevereiro. Nesse sentido, deliberou-se apresentar imediatamente aos candidatos nas duas Casas a agenda acima indicada.
É preciso ir às ruas, tirar propostas em todas as fábricas, bancos, comércios, enfim, onde quer que tenha trabalhadores, além de chamar os desempregados, desalentados, subempregados, movimentos sociais, como o MST, etc. para de conjunto poder impor uma derrota ao estado de coisas que o golpista Bolsonaro esta deixando o povo, inclusive com sua retirada do poder, ao qual está ilegitimamente, bem como todos os golpistas.
A CUT, única organização representativa da classe trabalhadora no País tem que tomar para si essa tarefa.