Havana, 29 abr (Prensa Latina)
O Ministro das Relações Exteriores de Cuba Bruno Rodríguez denunciou hoje os danos causados ao setor da saúde pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos.
O ministro das Relações Exteriores disse em sua conta no Twitter que o bloqueio dos EUA, que se intensificou durante a pandemia de Covid-19, afeta os inventários de medicamentos disponíveis em farmácias, hospitais e centros de saúde no país caribenho.
Acrescentou que as ameaças e represálias contra bancos e fornecedores, em virtude de colocar o país antilhano na lista dos Estados que supostamente patrocinam o terrorismo, dificultam a compra de suprimentos essenciais e medicamentos.
Segundo o relatório elaborado por Cuba sobre os efeitos do bloqueio no período entre abril de 2019 e março de 2020, as perdas nesta área são de cerca de 160 milhões 260 mil dólares.
Enquanto isso, o grupo de empresas biotecnológicas e farmacêuticas da ilha, BioCubaFarma, referiu em seu perfil na mesma rede social as vicissitudes pelas quais estão passando para adquirir matérias-primas, peças de reposição e suprimentos a fim de garantir os medicamentos para o Sistema Nacional de Saúde.
Neste sentido, o documento, que será apresentado em 23 de junho perante a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), exemplificou o que aconteceu com a Empresa Importadora e Exportadora de Produtos Médicos (MediCuba S.A.).
Nessa etapa, a entidade entrou em contato com as sete empresas que faziam parte de sua carteira de fornecedores, entretanto, cinco não responderam e as outras duas se recusaram a continuar prestando seus serviços.
O sistema bancário financeiro da nação caribenha, entretanto, foi um dos principais alvos das medidas da administração norte-americana destinadas a reforçar o cerco econômico, e os danos neste setor excederam 284 milhões de dólares.
A figura responde à crescente recusa de instituições estrangeiras em processar operações de bancos e empresas cubanas, ao fechamento de contas e contratos já estabelecidos e ao retorno de transações bancárias, bem como ao cancelamento de senhas para o intercâmbio de informações financeiras.