O desmonte da educação segue a todo vapor. O governo do fascista Jair
Bolsonaro, que tem por de trás o imperialismo mundial, pretende privatizar as
escolas públicas, em todos os níveis, do ensino fundamental as universidades.
No orçamento de 2021 aprovado com 6 meses de atraso, 3,9 bilhões de reais
foram cortados do orçamento da educação, assim como outros 26,1 bilhões, que foram retirados de
áreas fundamentais para a população.
Por conta desses cortes, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deve fechar as portas antes de 2021 por falta de recursos para manter serviços básicos.
Devemos lembrar que a grande maioria das universidades federais estão
funcionando no modelo do ensino remoto, ou seja, sem aula presencial desde a
escalada da pandemia.
Podemos imaginar que se as aulas fossem presenciais sequer haveria condições
mínimas de higiene, sanitárias e de prevenção da COVID-19, pois o custo seria
bem maior e se o orçamento não é suficiente para o ensino remoto, imagine
presencial.
No entanto, o corte de verbas já compromete as atividades rotineiras de instituições, como a UFPE e também a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
No caso da UFPE, não há dinheiro para a assistência a estudantes que precisam
de apoio financeiro básico, como transporte ou alimentação, para concluírem
seus cursos, além daqueles que desenvolvem projetos de iniciação científica.
Na UFRPE, serviços de extensão que são ofertados diretamente à
população também estão sendo suspensos, como exemplo temos o atendimento a
animais da Região Metropolitana do Recife, por meio do Hospital Veterinário
Escola, e a assistência a produtores rurais no interior do Estado.
A demissão de pessoas de empresas terceirizadas, que realizam serviços como
limpeza, tratamento e alimentação de animais, entre outras funções, é uma das medidas que deve ser posta em prática em breve.
Os estudantes e servidores tentam minimizar esses impactos, mas sem dinheiro
não tem como garantir o funcionamento.
Apesar do aumento do número de alunos matriculados nos últimos anos o
orçamento da educação regrediu para patamares do ano de 2011.
Com esse quadro é fácil deduzir que Bolsonaro quer acabar com a educação,
pesquisa e ciência pública e entregá-la nas mãos dos abutres da educação.
Com a indicação de reitores indicados por Jair Bolsonaro a pressão sobre o
governo vindo das universidades praticamente não existe, e o movimento
estudantil paralisado pela política do “Fique em Casa” levando
adiante pela UNE, UBES torna a situação ainda mais tranqüila para que os
golpistas levem adiante a destruição da educação e pesquisa brasileira.
Diante da paralisia das direções das entidades estudantis, é preciso convocar
os estudantes, professores e trabalhadores da educação para saírem as ruas pelo
“Fora Bolsonaro, Vacina Já, e Auxílio Emergencial digno”. Dia 29 de
maio é o momento dos estudantes se unirem aos trabalhadores para pedir a cabeça
do presidente e de seus apoiadores.
Todos às ruas!